Resumo de O Grand Gatsby - Scott Fitzgrald

Não foi surpresa, quando ao final do ano passado, o jornal The New York Times publicou uma lista dos 100 melhores livros em língua inglesa publicados no século XX, e “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald apareceu em segundo lugar na preferência do júri. Publicado em 1926, The great Gatsby é nos dias de hoje, considerado o grande romance épico americano, ao lado talvez de Moby Dick de Herman Melville. Para a sua transposição para o cinema, foram escolhidos um time de profissionais de primeira categoria. Na confecção do roteiro, foi escolhido Francis Ford Copolla, na direção – Jack Clayton e no elenco, Robert Redford, Mia Farow e Bruce Dern. O filme é estruturado através da análise do relacionamento entre personagens que se deslocaram do Oeste americano para o Leste, em busca de oportunidades proporcionadas por um suposto progresso tecnológico ali existente. Através de imagens sofisticadas e uma reconstituição de época digna das grande produções de hollywood, o Grande Gatsby tenciona discutir também o mito do sonho americano traduzido pela busca desesperada do sucesso e ascensão social a qualquer preço. Jay Gatsby (Robert Redford) é o herói americano típico que fez o caminho inverso dos pioneiros americanos do século XIX. Deixando o Oeste, ele partiu para o Leste, em busca da concretização do seu sonho, no filme simbolicamente representado pela incessante luz verde que brilha no horizonte e que norteia seus atos, suas atitudes. Gatsby é um idealista inocente lutando para impor uma certa ordem em um mundo caótico e hostil, representado pelo casal Buchanan, e nesse sentido, representa a figura do herói dotado de dimensões metafísicas e religiosas. O mundo do Oeste de Jay Gatsby e Nick...... se contrapõe àquele do casal Buchanan, o Leste da modernidade propagada aos quatro cantos. Nesse ponto o filme se inclina para o lado de Gatsby, ao reforçar as tintas da critica do mundo do glamour. Para Fitzgerald, os valores do Oeste são a inocência, a lealdade e o idealismo e em contra partida, o Leste cujos valores foram magistralmente assimilados pelos Buchanas representaria a sofisticação, o deslumbramento a esperteza – um lugar em que o dinheiro e o progresso se tornaram os novos deuses. Ao dotar a figura desprezível de Dasy Buchanas de uma essência religiosa e considera-la um troféu a ser conquistado, Gatsby, o inocente trágico que perseguiu com tenacidade o mito do sonho americano, acabou como vítima desse sonho, pois ousou contestar as forças motoras da história.

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