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DISCUTINDO A HOMOSSEXUALIDADE
(Uly Milward de Azevedo (bióloga))

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A sexualidade surge como determinante da nossa existência,nosso pensamento e nossa conduta,passando sem dúvida por vários estágios de evolução.Considerando um assunto tão amplo,iremos nos deter num ponto altamente controverso e polêmico:a homossexualidade.Entende-se por homossexual o indivíduo que, ativa ou passivamente, procura o prazer sexual através do contato com pessoas do mesmo sexo. Porém, nem tudo está esclarecido(em relação a homossexualidade) havendo ainda coisas a definir. E este, já não é mais algo singular, mas parte interativa de um contexto mais complexo, que integra a personalidade do indivíduo. Entre os romanos a homossexualidade não era reprovada, mas tinha algumas regras. Tirando as regras que sempre existem em qualquer cultura, a homossexualidade era muito presente em Roma e praticada por todos inclusive pelos Césares. Isso também acontecia na Grécia antiga. Lá, os homens conviviam e disputavam a supremacia com homens, onde "o ideal de excelência era masculino". Este pensamento pode explicar a homossexualidade grega. Em Israel, também existiram a homossexualidade e a prostituição, que tiveram seus períodos de intensa ocorrência. Passado o período que a história chama de pagão, surge a igreja católica exercendo todo seu poder sobre os homens. Tanto a heterossexualidade como a homossexualidade são condenadas. Entretanto, diante do impulso sexual a igreja passa a "tolerar" a heterossexualidade, mas joga sobre a homossexualidade, toda a sua indignação. Os castigos para os atos homossexuais na idade média eram duros. Apesar disso o homossexual era considerado apenas um perverso.No final do século XVIII, o homossexual se torna um monstro, um anormal. Era considerado uma ofensa à criação, uma figura diabólica. E a igreja estava pronta a insistir nisso.O homossexualismo hoje está e sempre esteve ligado à idéia de repugnância e desprezo. Isso influencia profundamente o modo geral de encarar a questão. Pois já se parte do pressuposto de uma atitude cultural altamente arraigada na formação de cada um advinda da imposição da própria estrutura sócio-cultural através dos tempos. Ainda que algumas pessoas defendam sua “modernidade” quanto a encarar esses fatos, há sempre que se avaliar e confrontar sua realidade emocional com a racional, pois uma se distancia muito da outra, onde todos dão a falsa impressão (além da pretensão) de procurar assumir uma postura que não seja preconceituosa.O que vemos, entretanto, é que a sociedade contemporânea ocidental está subordinada e recheada de restrições de todas espécies e ordens quanto aos padrões comportamentais. E é justamente aí o ponto de conflito que envolve o homossexual: ele é atingido na sua auto-estima, no desejo e necessidade da aprovação alheia quando confrontado aos moldes morais existentes. Atualmente, viu-se descartada a questão da homossexualidade como doença, falta de vergonha ou opção sexual. Estudos recentes registraram dados relevantes ao assunto, baseados na genética e nas proporções hormonais do indivíduo para rejeitar as opções anteriores.Hoje talvez seja mais fácil para nós compreendermos os direitos individuais. Entender que o respeito a eles é fundamental para a qualidade de vida. Talvez seja a única forma de eliminarmos o preconceito e tornar melhor a vida em sociedade. Homossexualidade não é uma doença e, portanto, não é contagiosa. O nosso preconceito sim, esse é contagioso e destrói. Não devemos esquecer que um homem tem inúmeros papéis em sua vida. Ele é filho, irmão, sobrinho, neto, cunhado, empregado, namorado, aluno, amigo, tem dons intelectuais ou manuais, pode ser homo ou hetero sexual. Não se pode avaliar um homem ou mulher apenas por uma de suas características sob pena de perdermos o melhor que ele (a) tem para nos oferecer.Descrever a homossexualidade como um simples caso de escolha é ignorar a dor e confusão por que passam tantos homens e mulheres homossexuais quando descobrem a sua orientação sexual. É absurdo pensar queesses indivíduos escolheram deliberadamente algo que os deixa expostos à rejeição por parte da família, amigos e sociedade. Há ainda muito a aprender sobre a sexualidade humana.Você pode não aceitar, não entender, mas deve respeitar as diferenças, a diversidade de opiniões; pois, o homossexual é um ser humano como outro qualquer.O ser humano foi dotado de livre arbítrio pela graça divina;e você, como um ser humano que é, pode exercitar seu livre arbítrio através do bom senso e da tolerância.Sobretudo, todos devemos estar despidos da hipocrisia e da dificuldade em admitir e assumir a existência dessa problemática.Somos o resultado e expressão de nossa história de vida… Não somos autores,nem senhores de nossa história,mas efeitos dela. Da mesma forma que, muitos de nossos atos podem ser realizações de um inconsciente que desconhecemos e que repetimos vida afora. Comportamentos que a moralidade julga imorais são realizados como autodefesa do sujeito, que os emprega para defender sua integridade ameaçada… Se são tais atos ditos moralmente condenáveis, como julgá-los? O sujeito simplesmente absorve os valores do seu meio social e da religião, os quais, por vezes, não deixa de ser um campo de batalha entre desejos e censuras.E a pior das batalhas é a interior,travada na nossa consciência.Devemos propor e harmonizar,tanto quanto for possível, esses valores a nível de nossa consciência;que, por livre e espontânea vontade, se fortalecerá enquanto instância superior e inata ao ser humano. Somos eticamente livres e responsáveis não porque possamos fazer tudo quanto queiramos, nem porque queiramos tudo quanto possamos fazer, mas porque aprendemos(ou tentamos aprender) a discriminar as fronteiras entre o permitido e o proibido, tendo como critério essencial e primordial a ausência de agressão quanto ao direito do outro,seja este de que ordem for. E que fique subentendida na mensagem, que o assunto discutido não foi nunca colocada na forma de incentivar mas de esclarecer e orientar quanto ao “ser homossexual” e à própria homossexualidade. Críticas, dúvidas e/ou sugestões serão bem-vindos e poderão ser enviados ao e-mail: [email protected].



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