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Reengenharia nos Poderes
(Anthony Atlam)

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REENGENHARIA NOS PODERES

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Rui Barbosa
No início do século XX Rui Barbosa já constatava, desanimado, a realidade do uso inadequado do poder. Em pleno século XXI a população esclarecida observa as mais graves das crises da civilização humana, em particular no Brasil: as crises da moral e da ética.
Você acredita nos seus representantes no Poder Legislativo? Você confia nos magistrados e juristas que atuam no Poder Judiciário? Você confia nos cidadãos eleitos pelo povo para governar o País, os Estados e os Municípios? Mais uma pergunta: você confia nas instituições brasileiras para assegurar os direitos fundamentais e sociais do povo brasileiro?
A historia tem nos ensinado que o poder legal e o poder econômico andam de braços dados desde os tempos mais remotos contra os dominados. Com a revolução burguesa experimentada na Europa e depois disseminada em todo o mundo ocidental, uma luz de esperança surgia buscando contemplar nas cartas magnas dos países (constituição) os direitos do povo de elegerem os seus representantes e, portanto, participar de forma indireta da política.
A revolução industrial, o progresso e desenvolvimento, a evolução do capitalismo, o contraste entre capital e trabalho e as duas grandes guerras fizeram com que as nações colocassem o ser humano no centro das atenções, pelo menos nas suas constituições (folha de papel).
Indaga-se: está valendo a pena possuirmos uma “constituição cidadã”, quando sabemos que os direitos só são assegurados, na grande maioria das vezes, aos poderosos pertencentes a classe dominante (poder legal e poder econômico)? Infelizmente não está valendo a pena.
A concentração de renda tem aumentado significativamente, o que nos faz lembrar tristemente da frase popular “o rio só corre para o mar”. A classe média vem sendo tão covardemente achatada pelos dois poderes (o legal e o econômico) que falta muito pouco para possuirmos apenas dois tipos de classes: os ricos e os pobres.
Não está na hora de fazer uma reengenharia nos poderes? E como fazer?
A corrupção, que sempre existiu em todo o mundo, tem tomado proporções tão gigantescas no Brasil que hoje não fazemos mais distinções entre quem é polícia ou ladrão. O poder paralelo do narcotráfico, prostituição e outras ilicitudes deve possuir mais ética entre os seus integrantes do que o poder legal e o econômico. Pelo menos quem erra no poder paralelo é julgado imediatamente e é punido. Nos poderes legal e econômico, quem erra pode até ser preso, mas são soltos logo em seguida por institutos e normas fundamentais que, paradoxalmente, foram feitas para proteger os mais fracos e oprimidos. Meu Deus!!!
Em síntese, chegamos a uma época onde todo o sistema está falido: o econômico, o político e o legal. O poder paralelo já está, de certa forma infiltrado nos poderes legal e econômico pela corrupção. O ordenamento jurídico que está aí posto, o mais prolixo do mundo, não passa de letra morta pelo menos para a classe dominada. O modelo capitalista está em processo de exaustão. O que virá pela frente? Um salve-se quem puder maior do já existe?
Gostaria de ter mensagens positivas, mas a única noticia alvissareira que trago é cada manhã, quando acordarmos teremos mais um dia, mais um alvorecer. O que vamos fazer com este presente diário que recebemos para mudar esta situação? Você está satisfeito?E a sua família? Pensem a respeito, reflitam, mobilizem-se e participem.



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