Fanatismos
(Carlos C. de Andrada)
FANATISMOS Carlos C. de Andrada Uma coisa que tem sido dita e repetida ao longo dos tempos é que todos os tipos de fanatismos são ruins e destrutivos. Concordo com esta afirmação. Qualquer espécie de pensamento que seja levado à idolatria radical, toda idéia que se transforma num dogma e as opiniões que alcançam a condição de axiomas inflexíveis tomados como verdades perfeitas e absolutas causam danos e tendem ao obscurantismo. Tanto o fanatismo cristão quanto o islâmico, tanto os fanáticos radicais da extrema direita quanto os da extrema esquerda, não só os extremistas do niilismo, mas também aqueles do determinismo, promovem destruição, conflito, maledicência e humilhações físicas, psicológicas e morais. Até mesmo torcedores exaltados de times de futebol, escolas de samba e membros de fraternidades universitárias se tornam intolerantes. Ou seja, traduzindo em palavras simples – e sem cair na filosofança barata de boteco – não importa a causa defendida, uma devoção cega caminha para a anulação da ética. Quando se gosta de algo, essa afeição é benéfica, até mesmo porque ninguém permanece frio e neutro com a maioria das coisas. O carinho e a afinidade são características muito humanas, aparecem com o tempo em cada um. Porém, se, além de gostar, o sujeito passa a odiar, isto pode se tornar maléfico. Ou seja, sentir que algo – alguém, alguma situação, um determinado lugar, um prazer qualquer – é agradável e faz bem é ótimo. Contudo, a partir daí achar que todo o resto que é diferente é ruim, impróprio, nojento e desaconselhável – só para citar alguns adjetivos típicos – faz com que proliferem pensamentos, palavras a atitudes prejudiciais aos outros. O fanatismo e a intolerância exacerbados levam à intolerância, e a partir disso o que vem são assassinatos, guerras, ressentimentos e cisões.
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