POÊMICOS
(EDUARDO BARROS)
HISTÓRIA DE MENINO Sobre o pé do cajueiro[BR]eu me deitei...[BR]e o cheiro do fruto [BR]maduro no pé[BR]impregnava. Olhava aquelas folhas[BR]verdes, os galhos[BR]entrelaçados...[BR]e o pássaro que da velha[BR]árvore fazia o seu ninho. As mãos sobre a minha testa[BR]eu tapava o brilho que se[BR]fazia atrás do morro...[BR]o céu totalmente azul[BR]degradeava com o ouro do[BR]pôr do sol que se fazia. O meu cão Coronel que [BR]abanava o seu rabo [BR]de alegria...[BR]enquanto eu brincava de [BR]jogar a pequena goiaba verde[BR]que caída estava ao chão. E a tarde foi caindo e eu[BR]ali deitado ao pé do [BR]cajueiro...[BR]onde um dia ainda menino eu[BR]plantava aquele pequeno [BR]broto que hoje me cobre [BR]e me alimenta. Deitado, pensando e lembrando[BR]das coisas que aprendi [BR]nesse velho e longo tempo[BR]que me trás lembranças[BR]de um garoto bagunceiro e [BR]muto feliz.[BR] (EDUARDO BARROS)[BR] [BR]POR UM FIO Do céu eu vejo anjos tocarem [BR]a minha mão direita, e eu em [BR]meu canto reservado procuro [BR]no estudo o alimento para meu [BR]espírito. Sou essência de uma vida, [BR]apenas um ser concebido... [BR]sou a terra, sou o mar, [BR]sou do alto uma estrela a [BR]brilhar. Comtemplo aqui do imaginário [BR]sêres que se mostram pequenos, [BR]correndo por um prato de comida... [BR]é a briga da salvação que ser [BR]quer fazer nesse terreno sujo [BR]e nojento. Mais estou sentado ao lado [BR]direito do meu Pai, que me [BR]quer neste caminho... [BR]pra que eu possa aprender [BR]de fato, e depois levar o que [BR]tenho na bolsa dos estudantes [BR]medílcres dessa terra. Falo coisa com coisa, e a mente [BR]da gente não mente nunca, porque [BR]ela apenas esconde no obscuro [BR]sub-consciente as besteiras que [BR]escrevemos numa folha de papel [BR]sujo, e que com certeza, os nossos [BR]legados da loucura se interessarão [BR]por esta bobagem. [BR](EDUARDO BARROS)[BR] FETICHE Minhas mãos que por tuas[BR]pernas deslisam sobre os [BR]pêlos que no caminho do[BR]fruto proibído eu [BR]procurava. Tão macia como um floco[BR]de neve eu a procurava na[BR]ância de poder arrancar[BR]bem devagarinho aquela que[BR]por mim maior presente[BR]que ela possuía. Minhas mãos trêmulas na [BR]ansiedade de te puxar até[BR]que por entre seus pés ela[BR]pudesse deslizar e cair [BR]sobre a cama. A côr rubra como o sangue[BR]que invade nesse momento[BR]minhas veias do corpo e [BR]me fazem palpitar de aflição, Tu que esconde no casulo da[BR]tua maciez a minha [BR]borboleta preferida. Tu que desce e sobe sempre[BR]na hora em que eu quero te[BR]tocar, te olhar, e te cheirar...[BR]Aquela rendinha mágica que [BR]na lateral da langerie me[BR]enlouquece. Danada[BR]Safada[BR]e[BR]Perigosa! Minha deliciosa,[BR]calcinha vermelha.[BR] (EDUARDO BARROS)[BR] [BR]
Resumos Relacionados
- Sonhando Nas Nuvens
- A Árvore Da Vida
- Solidao
- Adeus
- Casa De Vidro
|
|