Republica....?
(Edil Silva)
Escreva o seu resumo aqui. Republica...? O fim do milênio trouxe consigo a derrocada de muitos paradigmas na historia da humanidade. No campo do humanismo vimos o fim de um certo modo de pensar, ser e ver o mundo da realidade social de forma ingênua. Os anos sessenta e setenta de certa forma foram o ápice da visão marxista do mundo, onde todas as ciências tinham interpretações dialético-marxista dos processos a que se propunham estudar. O mundo se descortinou e uma nova era assumiu a cena no palco. Os esquerdistas hoje não passam de caquéticos pensadores ou militantes engajados tentando restaurar as mumificadas "verdades" ou defendendo idéias empoeiradas do socialismo cientifico, enterrado nos escombros do muro de Berlim. No plano das realidades político-administrativas vemos uma enxurrada de contradições entre o que era pregado a plenos pulmões, nos pátios das fabricas e o que hoje se tornou o desastre das administrações de esquerda. Especialmente no Brasil temos visto um verdadeiro tufão de descalabros por parte das administrações que se instalaram principalmente na esfera da união. Os detentores do poder político no Brasil de hoje, sofrem do mau detectado pelos romanos quando ao invadirem a Europa onde encontraram bárbaros que não sabiam a diferença entre a coisa publica e a coisa privada. Os reis e senhores feudais que dominavam a cena do mundo europeu à época entendiam que todos os direitos e benesses giravam em torno de seus umbigos. Não foi por acaso que durante séculos se pensou ser a terra o centro do universo, em torno da qual o sol e os outros astros giravam. A republica romana, apesar de suas contradições internas, realmente era tratada por seus dirigentes como “coisa publica” mesmo quando esses queriam usurpar o poder que emanava do povo. Pois bem, cá na terra de Santa Cruz nos fins dos anos noventa fomos invadidos por uma onda de esperança trazida pelas forças que durante décadas lutaram contra a ditadura militar que espoliou o povo brasileiro. Essa verdadeira euforia, beirando ao fanatismo, era bem expressa na frase “...sem medo de ser feliz...”. Foi assim que o povo recebeu a administração Lula, esperando que as mudanças tão almejadas e por ele mesmo propaladas fossem, finalmente implementadas. Estamos vendo o fim da era Lula, e não é muito bonito o quadro que se vê e o que se descortina à nossa frente. Durante esses dois mandatos nada, absolutamente nada, de significativo ele fez para mudar as bases, a estrutura do pais, de forma que a tão execrada elite pudesse de alguma forma deixar de “mamar” nas tetas da nação mantendo a maioria da população em condições sub-humanas, marginalizada, enquanto os mesmos ficam cada vez mais ricos. O que vemos hoje é uma enxurrada de denuncias e descoberta de falcatruas por órgãos de investigação ou por denuncias da imprensa, envolvendo pessoas da administração com o próprio crime organizado, todas muito próximas do poder central. Tais denuncias levantam provas documentais e testemunhais, irrefutáveis, que ao chegarem ao poder judiciário; guardião da lei, da ordem e da justiça, não se concretizam na punição esperada aos culpados de forma cabal e exemplar, até mesmo para coibir outros de cometerem os mesmo delitos, causando uma enorme frustração no cidadão que acredita nas instituições e espera dos seus eleitos que cumpram o papel para o qual foram chamados. A maioria das denuncias se exaure pelos caminhos e descaminhos da burocracia. Esta atitude continuada do poder judiciário em defender ou fazer “vista grossa” aos criminosos de “colarinho branco” denota a existência de uma real conspiração dos três poderes da republica, que deveriam resguardar e serem os representantes do povo que os elegeu. Mais uma vez a coisa publica os interesses do estado são suplantados pelos interesses privados de um individuo ou de uma plêiade de pessoas que, de forma mal intencionada, se apoderam do poder público para seus próprios interesses. A decepção hoje evidente entre os que militavam de forma consciente por mudanças reais e pragmáticas esta se alastrando e certamente este tipo de governo não terá mais sustentabilidade entre as partes que nele acreditavam, resta a ele, o governo, buscar sustentação na elite contra quem tanto praguejou em tempos de sindicato.
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