BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A Persistência da História. Passado e Contemporaneidade em África
(Clara Carvalho; João de Pina Cabral)

Publicidade
A Persistência da História. Passado e contemporaneidade em África, Clara Carvalho e João de Pina Cabral (organizadores), Imprensa de Ciências Sociais, Lisboa, 2004, 393 pp.

A análise das relações entre a Europa e a África – nomeadamente dos processos de colonização e das implicações do passado colonial na construção identitária dos países africanos e dos seus grupos sociais –, constitui actualmente um dos principais eixos temáticos da pesquisa antropológica. Esta recolha de ensaios, apresentados no colóquio internacional intitulado Portugal/African Encounters (Brown University, E.U.A, 2002), representa, ao mesmo tempo, o interesse que estas relações têm suscitado na Antropologia praticada nos países de expressão portuguesa e a consequente diversidade de objectos de estudo, de materiais empíricos e de abordagens teóricas.
A obra encontra-se organizada temática e geograficamente em três partes. Na primeira, intitulada «Vulnerabilidade Imperial», identificam-se os modos através dos quais Portugal, enquanto Estado-Nação periférico, com parcos meios, consegue tornar efectivo o seu domínio colonial – a “relativa fragilidade” deste domínio confronta aqui os discursos que o apresentam como “hegemónico” e como narrativa “heróica”. O colonialismo português surge assim caracterizado, por relação a outros colonialismos europeus, como manifestação eficaz do “poder dos fracos”, expressa em vários níveis de mediação – entre instâncias imperiais europeias e populações locais; entre a “imposição de uma ordem” e o “caos social e ecológico” – pelas práticas de administradores (como o capitão-mor Artur da Fonseca Cardoso no Moxico), “elites subalternas” (como os médicos indo-portugueses em Sofala) e instituições (como a Escola Médico-Cirúrgica de Goa e o Centro de Estudos da Guiné Portuguesa). Em «Transição e precaridade em Cabo Verde», são analisados alguns processos de “criação cultural” e de “afirmação identitária” no período pós-colonial. A transição política em Cabo-Verde e o discurso espírita no Mindelo, a diáspora (em Portugal), a escassez de recursos e a precaridade social no arquipélago, constituem, respectivamente, os contextos de análise apresentados por estes estudos. A última parte desta obra, denominada «O moldar da história em Moçambique», agrupa ensaios onde se examinam os modos como o legado colonial é moldado, “em termos de continuidades e mudanças”, pela sociedade moçambicana contemporânea. Assim, os movimentos migratórios, práticas religiosas, categorias sociais e práticas linguísticas, aqui estudados, tornam evidente que os processos de transição social e política ocorridos nas sociedades africanas modernas comportam não apenas rupturas mas igualmente continuidades com as categorias e as instituições coloniais.



Resumos Relacionados


- Geografia Da Ocupação Portuguesa Na África.

- Housegirl

- Papiamento

- Crítica Literária Africana E A Teoria Pós-colonial

- Tipos De Método De Investigação Sociológica



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia