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Fonoaudiologia e Canto - Tipos de Disfonias (9 de 12)
(Lídia Maria de Gouveia)

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A Fonoaudiologia e o Canto – Classificação das Disfonias: DISFONIAS PSICOGÉNICAS; DISFONIA POR HABITUAÇÃO; USO INAPROPRIADO DE REGISTO; SÍNDROMES DE ABUSO VOCAL.
Há várias propostas para a classificação das disfonias funcionais. Alguns autores propõem abordagens mais amplas referindo-se aos mecanismos casuais e outros baseiam-se nos aspectos clínicos-sintomáticos. É importante haver uma diferenciação entre cada subgrupo de pacientes portadores de disfonia funcional. Podemos classificar as disfonias funcionais em quatro tipos, que são: as disfonias psicogénicas, a disfonia por habituação, o uso inapropriado de registo e as síndromes de abuso vocal.
DISFONIAS PSICOGÉNICAS
Podem ser divididas em dois subtipos: as conversivas e as recidivas. O padrão recidivo é normalmente associado a um perfil psicopático, e o conversivo às características histéricas, e o aparecimento da alteração vocal é associado a algum factor desencadeante. A qualidade vocal é caracterizada por afonia ou disfonia severa, com sonoridade pobre. A laringoscopia pode ser normal ou evidenciar fenda glótica triangular posterior (com redução da amplitude e assimetria da onda mucosa), ou ainda triangular em toda a extensão (fenda paralela). Pode ser observada a constrição supraglótica antero-posterior parcial, projecção medial de pregas ventriculares ou inconsistência nos achados laringoscópicos.
DISFONIA POR HABITUAÇÃO
Inicia-se por uma laringite viral ou cirurgia das pregas vocais, o que propicia uma compensação inadequada do trato vocal organicamente comprometido. A disfonia persiste mesmo após o desaparecimento do processo viral ou da cicatrização cirúrgica. A terapia fonoaudiológica pré-cirúrgica pode evitar este tipo de alteração. Sintomas como fadiga vocal e odinofonia podem ser observados. A qualidade vocal pode apresentar soprosidade, aspereza, diplofonia ou fonação ventricular. A sonoridade geralmente é pobre e a laringoscopia pode ser normal, mostrar aproximação de pregas ventriculares, constrição supraglótica antero-posterior parcial ou ainda fechamento supraglótico esfinctérico.
USO INAPROPRIADO DE REGISTO
A alteração vocal ocorre em homens durante o crescimento, manifesta-se depois da puberdade como dificuldade em abaixar o pitch e acompanha-se de "quebras" no registo. Pode ocorrer em ambos os sexos, porém não é tão evidente nas mulheres em decorrência do seu tom habitual de fala. Alguns factores psicológicos podem levar a inibições durante este período de transição e estabelecer um padrão de fonação em falsete. Estes casos devem ser diferenciados daqueles em que existam comprometimentos hormonais ou conversivos. Não há sintomas associados. A qualidade vocal caracteriza-se por afinação anormalmente alta e sonoridade pobre.
A laringoscopia é geralmente normal, mas pode haver tensão glótica. A laringe pode também estar elevada e sua tracção para baixo pode mostrar mudança de registo vocal para uma afinação mais adequada.
SINDROMES DE ABUSO VOCAL
As alterações vocais decorrentes das síndromes de abuso vocal são geralmente flutuantes ou intermitentes e mantém-se por períodos prolongados. Os aspectos mais comummente observados nestas alterações são: fadiga vocal, redução da extensão dinâmica da voz, odinofonia, padrão respiratório inadequado e síndromes tensionais músculo-esqueléticas. Outros sintomas, como alterações de ressonância e afinação, podem também ser observados. As síndromes de abuso vocal podem ocorrer com frequência também em profissionais da voz.
A qualidade vocal dos pacientes portadores de síndrome de abuso vocal mostra características de soprosidade e aspereza, sonoridade pobre, quebras na voz, pitch geralmente agravado e ataque vocal brusco.
A laringoscopia pode ser normal, mas também pode apresentar aproximação das bandas ventriculares, constrição supraglótica antero-posterior parcial e ainda fechamento supraglótico do tipo esfinctérico.
Outros factores devem ser observados em profissionais da voz com alterações relacionadas ao abuso ou mau uso vocal. Algumas alterações na voz falada muitas vezes não ocorrem na voz cantada, ou ocorrem em menor grau. Como exemplo, uma boa técnica de canto não implicará uma voz falada adequada. O apoio respiratório pode mostrar-se também deficiente somente na voz falada. Apesar disso, a extensão vocal não é afectada. A avaliação de profissionais da voz deve ser cuidadosa, levando-se em conta as variáveis entre a voz falada e cantada.
Como alterações orgânicas secundárias temos: nódulo de pregas vocais, edema de Reinke e úlceras e granulomas, os quais passaremos a distinguir.



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