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O JAPÃO NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU?
(PESQUISA)

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O Japão no Conselho de Segurança da ONU? />

Em sua passagem por Tóquio, a Secretária de Estado Condollezza Rice manifestou o apoio explícito à inclusão do Japão no Conselho de Segurança como membro permanente. O país efetua a segunda maior contribuição financeira à ONU e participa de missões de paz da organização, ocupando também, até o momento, a segunda posição na economia mundial, e o fim da Guerra Fria encerra a era do pós-Segunda Guerra Mundial. Assim, não haveria razão para seguir penalizando as potências perdedoras do conflito. Mas a questão é saber qual o Japão será, muito provavelmente, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Após a Segunda Guerra Mundial o Japão renunciou à postura imperial e militarista, inserindo-se nas relações internacionais através de uma aliança subordinada com os Estados Unidos (especialmente durante a Guerra Fria), país que possui grandes bases militares em território japonês. Não se deve esquecer que o "império do sol nascente" foi o único país do mundo a sofrer um bombardeio nuclear, e isto fez com que a elite nipônica jamais houvesse pensado novamente em seguir uma linha independente. Assim, se desenha outra característica das relações internacionais do país, centradas especialmente no plano econômico, também em associação com os EUA, nação em grande parte responsável pelo crescimento econômico japonês.
O Japão chegou a ser apontado como sucessor dos EUA como primeira potência mundial. Mas esta análise desconsidera o fato de que o país é vulnerável em termos de matérias primas e energia e depende dos EUA. Contrariando as expectativas otimistas, no início dos anos 1990 a “bolha especulativa” explodiu, com uma desvalorização dos ativos japoneses e uma estagnação econômica surpreendente (crescimento de apenas 1% ao ano desde 1990). Enquanto isto, a China crescia quase dez vezes mais, estando atualmente em vias de ultrapassar o Japão como segunda potência econômica, além do fato de Pequim ter assento no CS da ONU como membro permanente, indústria aeroespacial, armas nucleares e uma força militar autônoma, fatores que Tóquio não possui.
Na primeira metade dos anos 1990 o consenso político doméstico desmoronou e o país simplesmente não consegue definir um novo equilíbrio interno, nem definir uma política externa. Por um lado, há os que desejam manter a aliança com os EUA, dentro de uma estratégia antichinesa, o que tem sido a tendência do governo Koisumi. Outros, contudo, consideram que o fim da Guerra Fria e a crescente integração entre as economias do leste asiático fazem com que uma aliança com a China e a inserção regional sejam o caminho futuro. Um grupo menor, saudosista, deseja um Japão independente, armado e buscando seus interesses isoladamente.
O processo de tomada de decisões em política externa é extremamente fragmentado no Japão, com agências governamentais concorrendo entre si, além do papel das grandes companhias. Assim, o país arrisca ser colocado no centro da estrutura de poder mundial, sem ter definido seus interesses, apenas seguindo diretrizes norte-americanas. Isto tudo alimentado pela estagnação econômica e a regressão demográfica (a população está em declínio). Desta forma, a elite japonesa necessita identificar seus objetivos diplomáticos, o que provavelmente só ocorrerá em decorrência de algum acontecimento mundial impactante, que obrigue o país a reagir.



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