Ana E A Galinha Pedrês
(Ruth Hunt Gefvert)
A história que proponho fala da jovem Ana que viveu na Alemanha no tempo da Segunda Grande Guerra. A vida era muito difícil e não havia muito alimento e certo dia Ana procurava por comida, em quintas, campos de colheita, pedalando na sua bicicleta. Mas pouco mais tinha conseguido do que algumas beterrabas que um homem lhe dera.
O cansaço acabou por consumi-la e Ana acabou por parar a sua bicicleta, pelo caminho, caindo na relva e deixando-se levar pelos sonhos. Sonhava com comida farta e temperada com iguarias que só tinha ouvido a mãe falar.
Quando Ana preparava-se para provar daquele banquete, foi acordada por uma galinha pedrês. Inicialmente, Ana ficou chateada com a galinha, por tê-la acordado. Mas, de repente, quando a galinha pedrês se desviou assustada com os gritos, Ana vislumbrou um ovo. Agradeceu à galinha pelo ovo e pegou nele cuidadosamente. A galinha pedrês acabou por se ir embora. Ana embrolhou o ovo no seu lenço e dirigiu-se para casa.
Mas durante o caminho, a menina começou a pensar que talvez não devêsse ficar com o ovo, pois a galinha não era dela, ao mesmo tempo que dizia para ela mesma, que o ovo pertencia-lhe e que ninguém havia de saber com quem o ovo estava. Estando neste dilema, Ana viu ao longe uma casa branca e apesar de pedalar o mais que podia as pernas ficaram sem forças e acabou por parar mesmo em frente à casa.
Ana chegou à casa branca e tocou à porta. Quando esta se abriu, surgiu uma mulher jovem e Ana perguntou-lhe se possuía uma galinha pedrês e a mulher confirmou. Ana então devolveu-lhe o ovo e a mulher agradecida pegou nele dizendo que não tinham mais do que aquela galinha e que o ovo era para o seu filho pequeno que estava muito doente.
A mulher queria recompensar Ana por ser tão bondosa, mas não tinha nada para lhe pôr no cesto. Ana não se importou com a recompensa e foi-se embora, preocupada com a mãe, por chegar tarde a casa só com algumas beterrabas e talvez por não ter ficado com o ovo.
Mas quando chegou a casa e contou o sucedido à mãe, esta acariciou o cabelo da filha. Quando interrogada por Ana por não ter ficado chateada, a mãe explicou que só podia sentir orgulho pela filha que tinha, pois só alguém tão grandioso como Ana, tomaria uma decisão tão difícil.
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