Clones e Transgênicos
(Fabbio Rezende)
A palavra clone é utilizada para designar um conjunto de indivíduos que
deram origem a outros por reprodução assexuada. A Clonagem é o processo
natural ou artificial em que são produzidas cópias fiéis de outro
indivíduo (homem, animais, etc.), ou seja, a clonagem é o processo que
formará um clone. O termo clone foi criado em 1903, pelo botânico
norte-americano Herbert J. Webber, segundo ele, o clone é basicamente
um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos
geneticamente igual à de uma célula matriz. Atualmente, tem se debatido
sobre a legalidade da clonagem e suas vantagens e desvantagens no que
diz respeito ao direito humano e social. È sabido que muitas são as
divergências em relação a esse assunto e uma relativa aceitação por
parte da classe científica. Apesar da clonagem ser a base para toda a
discussão, não se pode deixar de pensar em quando se começa a vida?
Alguns dizem que a vida se inicia no momento da fecundação; outros dois
meses após a fertilização, quando a cabeça e o corpo são reconhecíveis,
embora o embrião não tenha qualquer consciência uma vez que o cérebro
ainda não se desenvolveu; aos 5 meses e meio quando o feto consegue
responder aos sons e sobreviveria; e por ultimo apenas quando o bebê
nasce. Mas, contudo, alguns esquecem de pensar que a vida começa a
partir de uma única célula a qual consegue sozinha, controlar todo o
seu metabolismo e realizar funções que possibilitem sua reprodução ou
permanência no ambiente. Logo, o zigoto já é algo vivo. Mas toda essa
discussão sobre o inicio da vida, existe para que se possa utilizar
células tronco a partir de embriões, e por conseqüência, iniciar-se o
processo para a legalidade da clonagem. A classe científica defende
algumas vantagens em que a clonagem proporciona ou proporcionará para a
humanidade, vantagens essa como, por exemplo, a preservação de animais
em extinção; desenvolvimento de animais imunes a algumas doenças
contagiosas; e por ultimo, não sendo a menos importante e a que
realmente causa toda essa “euforia”, a clonagem de células humanas para
tratamento de doenças, como: pâncreas para diabéticos e de células do
sangue para os leucêmicos. O problema de se utilizar células humanas
para clonagem terapêutica seria, o “empurrão” necessário para se fazer
a clonagem reprodutiva. As desvantagens citadas pela classe cientifica
é que tecnicamente, o processo resulta em muitos erros e defeitos nos
fetos, pois é arriscado, e funciona mal nas espécies em que foi feito.
Mas será que só isso é realmente relevante para que se legalize o clone
humano? A classe cientifica esqueceu um pouco do lado social, do
direito humano a vida e das limitações imposta pela própria natureza.
Paralelo a discussão sobre clonagem, segue também a discussão sobre a
transgenia. Um organismo é considerado transgênico, quando misturam a
ele genes de outras espécies. Essa técnica foi apelidada de "recortar e
colar" e desenvolve novas características aos organismos. Hoje é
praticada com mais intensidade na agricultura com o fim de criar
alimentos fortes que resistam aos herbicidas, pragas, ao clima e também
para deixá-los mais nutritivos. Seria muito bom ter alimentos
resistentes a herbicidas, a pragas, ao clima e alimentos bastantes
nutritivos, mas a questão é, será que esses alimentos melhorados são
prejudiciais a nossa saúde? Nos que diz respeito a utilização de
herbicidas, as plantas melhoradas tornam-se imunes a eles, sendo assim
necessário doses mais fortes, prejudicando mais o meio ambiente e
levando a uma uniformização das sementes, que terão cada vez mais as
mesmas características. Outro mito que é utilizado para legimitar o
mercado dos transgênicos, é que o aumento de produção dos alimentos
resolveria a fome. Não precisa ser nenhum economista pra saber que o
problema da fome e da miséria não é a escassez de alimentos, mas a má
distribuição de riqueza produzida. No dia 24 de abril de 2004, o
Presidente LuisInácio Lula da Silva assinou o Decreto número 4.680.
Este Decreto diz que todo alimento com mais de 1% de transgenia deverá
ser rotulado para que consumidores possam decidir se querem ou não
comprá-lo, mas até agora poucos alimentos foram vistos com a rotulagem
nos supermercados. O que não se entende, é que já que dizem que
alimentos transgênicos não farão mal a saúde no futuro, deveria, pelo
menos por parte das grandes multinacionais, exigir a rotulagem desses
alimentos. Contudo, as discussões sobre clonagem e transgenicos andam
paralelos, e até que se comprovem garantias de que a utilização destes
serão de suma importância para o desenvolvimento humano, opiniões
bastante divergentes surgirão, e ser “uma metamorfose ambulante” como é
dito na música de Raul Seixas, é e será meu método para se assimilar os
prós e contras de toda essa discussão.
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