POESIA
(Olavo Bilac)
Quem escreve POEMAS será talvez para si mesmo, como forma de atenuar alguma DOR ou para através das suas palavras mais ou menos rimadas , contar o que lhe vai na ALMA. Quem lê POEMAS será talvez para encontrar nas palavras de outros a expressão da sua própria DOR ou ainda para se "sentir" nessas palavras mais ou menos rimadas, unido à DOR de quem, alguém, as escreveu, uma forma de sintonia mesmo que em tempos-espaços diferentes, mas com SENTIR-ES irmãos.Ontem no Yahoo Respostas, encontrei diversos poemas deixados a uma usuária, que se dizendo TRISTE apelava aos outros um POEMA para se deliciar com a sua leitura, um modo curioso de se sintonizar com OUTROS que eventualmente já tivessem passado pelo mesmo estado de tristeza.Pedi aos "respondões" que me autorizassem a editar no shv00ng, caso não quisessem eles próprios fazer isso, o nosso Magnus Amaral Campos foi o primeiro a responder-me afirmativamente a esta questão, daí que deixo a sua resposta:De Magnus A «Talvez eu conheça alguma que não seja !»«Tu vinhas triste e fatigada e triste e fatigado eu vinha ! Tu tinhas a alma de sonhos povoada e a alma de sonhos povoada eu tinha. Súbito paramos ! Longos anos tive presa à minha a tua mão. Tive a vista deslumbrada da luz que teu olhar continha. Hoje, segues de novo. Na partida, nem o pranto os teus olhos umedece, nem te comove a DOR da despedida. E eu, solitário, volto a face e tremo, vendo teu vulto que desaparece, na extrema curva do caminho extremo.»(OLAVO brás martins dos guimarães BILAC)
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