Os Maias
(Fabiana Rdk)
Maias
A civilização Maia, muito provavelmente, foi a mais antiga das civilizações pré-colombianos, embora jamais tenha atingido o nível urbano e imperial dos Astecas e Incas.[BR] Os Maias floresceram no século IV d.C. na Península de Yucatán, onde hoje ficam o México, Beliza e Guatemala. Jamais foram um império, embora possuíssem uma cultura comum.[BR] Sempre se organizaram em cidades-estados, porém, na época da conquista espanhola, encontravam-se quase na decadência totala.
Sociedade
Rigidamente dividida em três classes às quais o indivíduo pertencia desde o nascimento. Primeiro, a família real, incluindo ocupantes dos principais posto do governo e os comerciantes; em seguida, servidores do Estado, como dirigentes das cerimônias e responsáveis pela defesa e cobrança de impostos, na camada mais baixa,os braçais e agricultores.
Governo[BR] No período de apogeu da civilização maia, é muito provável que as cidades[BR]maias tivessem sido sociedades teocráticas e pacíficas. As guerras que ocorriam na maioria delas[BR]era para obterem prisioneiros para serem sacrificados aos deuses.
Religião
A religião dos maias assemelhava-se à de outros povos da região, cultuavam[BR]divindades ligados à caça, à agricultura e os astros. Os maias acreditavam que o destino do homem era regido pelos deuses, e para eles ofereciam alimentos, sacrifícios humanos e animais.
Economia
A base econômica dos maias era a agricultura, principalmente do milho, praticada com a ajuda da irrigação, utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que contribuiu para a destruição de florestas tropicas nas regiões onde habitavam, desenvolveram também atividades cormeciais cuja classe dos comerciantes gozavam de grandes privilégios.
Atividades Agrícolas e Comerciais
Os maias cultivavam o milho (três espécies), algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha que serviam para enriquecer sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca.[BR] É importante observar que por serem os recursos naturais escassos não lhes garantindo o excedente que necessitavam a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como terraços, por exemplo, para vencer a erosão.Os pântanos foram drenados para se obter condições adequadas ao plantio.[BR] Ao lado desses progressos técnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo em condições de ser semeado. Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as sementes.[BR] Dada a forma com que era realizado o cultivo a produção se mantinha por apenas dois ou três anos consecutivos. Com o desgaste certo do solo, o agricultor era obrigado a procurar novas terras. Ainda hoje a técnica da queimada, apesar de prejudicar o solo, é utilizada em diversas regiões do continente americano.[BR] As Terras Baixas concentraram uma população densa em áreas pouco férteis. Com produção pequena para as necessidades da população, foi necessário não apenas inovar em termos de técnicas agrícolas, como também importar de outras regiões produtos como o milho, por exemplo.[BR] O comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas.
A Língua Maia
São inúmeros os dialetos falados na área correspondente ao Yucatàn, Guatemala, El Salvador e Belize. De qualquer forma, os lingüistas dividem-nos em dois grandes ramos: o huasteca e o maia. Este segundo ramo se subdividiu em outras línguas (como o Chol, Chintal, Mopan, etc).[BR] A língua maia, falada no Yucatãn, sofreu inúmeras transformações com as invasões toltecas e também devido às influência da língua nahuatl falada pelos astecas.[BR] Em seus monumentos deixaram uma série de inscrições que até hoje não foram decifradas. Infelizmente muitos documentos maias foram destruídos chegando até nós apenas três livros. São eles o Códice de Dresde, o Códice de Madri e o Códice de Paris. [BR] Os livros maias eram confeccionados em uma única folha que era dobrada como uma sanfona. O papel era feito com uma fibra vegetal coberta por uma fina camada de cal. O conteúdo desses livros são de natureza calendárica e ritual, servindo para adivinhações.[BR] Um dos cronista que viveu na época da conquista, o Bispo Diego de Landa, refere-se aos livros que os maias utilizavam permitindo-lhes saber o que havia sucedido há muitos anos. Portanto, a escrita representava um elemento importante na preservação de suas tradições culturais. Mas, infelizmente grande parte deles foram destruídos como se pode constatar na afirmação do próprio bispo: "...Encontramos um grande número de livros escritos nesses caracteres, e como nada tivesse a não ser flagrantes superstições e mentiras do demônio, nós os queimamos a todos".
Cultura
Desenvolveram a escrita hieroglífica, trabalhavam a cerâmica que era variada e[BR]de excepcional qualidade. Na arquitetura, construíram pirâmides e sepulcros, além de serem grandes conhecedores da Matemática e da Astronomia.
A Matemática dos Maias
Os Maias foram os inventores do conceito de abstração matemática. Cria-[BR]ram um número equivalente ao zero e nossos calendários são baseados no calendário dos Maias.[BR] Com sua aritmética, os Maias faziam cálculos astronômicos de notável exatidão. Conheciam os movimentos do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros astros.[BR] Criaram também um sistema de numeração de base 20 simbolizado por pontos e barras. Os astrônomos Maias determinaram o ano solar de 365 com o ano bissexto a cada 4 anos. Através de dois calendários sobrepostos (o sagrado com 260 dias e o laico com 365 dias ) criaram um calendário circular que situava os acontecimentos em ordem cronológica.[BR] Dentre suas construções de pedra destaca-se o templo de Kukulkan (no México) que foi usado como observatório astronômico. As quatro faces do templo estão voltadas para os pontos cardeais e representam as estações do ano. Nos dias 21 de março e 23 de setembro, quando o dia tem exatamente a mesma duração da noite, o sol (que incide às 17h e 30min sobre o templo em forma de pirâmide) projeta uma sombra nos degraus que forma a imagem de Kukulkan, o deus da serpente emplumada.
Principais Ruínas Maias
Palenque
Amado por muitos que declaram ser a ruína Maya mais bonita, Palenque assentasse orgulhosamente no Parque Nacional de Palenque no Estado de Chiapas.[BR] Palenque caracteriza-se pelos muitos efeitos decorativos não achados em qualquer outro lugar. Alguns destes motivos parecem quase chineses e dão lugar a especulação imaginativa sobre o contato Maya com a Ásia Oriental. Isto é muito improvável, mas há algo em Palenque que dá lugar a vôos da fantasia, mistério e assombro.[BR] Cortez passou a cerca de 30 milhas da cidade, e nunca soube que esteve lá. O primeiro europeu a visitar este lugar foi um monge espanhol em 1773. Escreveu um livro em que reivindica ter descoberto um posto avançado de Atlântida. O próximo europeu a descrever o lugar, um funcionário real espanhol em 1784, escreveu uma descrição que permaneceu perdida nos Arquivos Reais durante um século. O próximo a vir, Capitão Antonia Del Rio em 1786, escreveu um relatório que esteve também perdido, até que inesperadamente uma cópia foi publicada em 1822.[BR] &nb
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