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A quase 3a. Grande Guerra Mundial
(Luís Henrique Tamura)

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Nos anos 80 estivemos muito perto da destruição completa por bombas nucleares e não é nenhuma fantasia.
Nos anos 80,a Inglaterra em busca de maior atividade econômica e na intenção de ligar diretamente suas ilhas ao continente europeu, firmou um acordo com a França, quebrando de vez sua rivalidade com o país vizinho.
Ambos ingressaram em uma obra gigantesca formando um túnel sob o Canal da Mancha.
Contrataram uma equipe de pesquisa marinha para realizar o mapeamento da profundidade e do relevo oceânico.
Para este fim, foi utilizado um equipamento criado nos anos 50 para identificar submarinos, o magnetômetro. Trata-se de um instrumento que emite som sob o casco de uma embarcação. Este som viaja na água à uma velocidade e ao atingir a profundeza, ou um material consistente, acaba retornando de maneira refletiva. Sabendo-se a velocidade com que viaja, é possível determinar na razão do tempo, a profundidade e com os pontos marcados de maneira repetida, fornece o desenho do relevo da profundeza oceânica.
Durante o trabalho de mapeamento do relevo, os técnicos foram surpreendidos com a apresentação do casco de um submarino.
Estes imediatamente comunicaram às Forças Armadas inglesas que iniciaram os contatos para saber qual país teria um submarino em suas águas. França e EUA negaram atividade marinha na costa inglesa, até porque seria estranho tal registro sem comunicação antecipada, especialmente porque submarinos podem ser detectados por outros equipamentos, mas somente o magnetômetro identifica submarinos nucleares.
Só poderia ser soviético. Os EUA imediatamente enviaram um submarino para caçar o intruso que evidentemente já havia saído do local.
Foram para a costa da Noruega e não conseguiram encontrar. Por meio de satélite, descobriram que um submarino chegou dias depois nas águas do Círculo Polar Ártico, no porto soviético.
O submarino norte-americano permaneceu na costa da Noruega para patrulhar suas águas.
Como todo submarino nuclear ele carrega uma ogiva nuclear. Estava instaurada uma crise.
Um dia, um jovem soldado soviético, permanecia com sua tarefa de monitorar o sistema de radar soviético na cidade de Moscou. Este radar identifica qualquer objeto que viaje na velocidade de um foguete em direção à capital soviética. Quase caiu da cadeira quando o que nunca desejaria ocorreu, um sinal foi captado pelo radar. Anotou todos os dados e imediatamente comunicou seu capitão.
O capitão ao chegar à sala de equipamentos mandou chamar seu general, o único homem que possuía a chave de acesso aos botões.
Um sistema de radar confere a possibilidade de antecipar a queda de um míssil nuclear permitindo que antes de ser destruída, a cidade possa enviar seus mísseis direcionados à outras cidades. Um míssil nuclear transcontinental pode atingir Washington partindo de Moscou em cerca de 10 min.
O general tomou conhecimento da situação, mas ao abrir a porta de acesso aos comandos, seu dedo parou.
Deve ter passado muita coisa em sua mente, os dois que o acompanhavam ainda lembravam que os mísseis necessitam de um tempo para serem lançados, pois se demorasse, não haveria condições de revidar ao ataque e Moscou seria destruída.
Subitamente, o sinal parou. Assustados, não conseguiam acreditar naquilo, durou apenas alguns minutos, mas seguramente foram os minutos mais longos de suas vidas.
Não houve registro sísmico, nenhuma explosão. Mas o que foi aquilo?
O presidente soviético foi comunicado e este ligou para o presidente americano para indaga-lo sobre a questão. O presidente americano afirmou que nunca cometeria tamanha loucura. No que o presidente soviético perguntou se não havia um submarino nuclear na costa da Noruega.
O presidente americano afirmou que sim, afinal são seus parceiros comerciais, tanto quanto os ingleses e franceses, mas devolveu com outra pergunta sobre submarinos soviéticos em águas inglesas. “Isso eu não posso afirmar, não tenho conhecimento”, teria dito o presidente soviético.
Passados alguns dias, asecretária do capitão soviético trouxe um fax que ela havia esquecido em sua mesa. Nele, um instituto de pesquisas espaciais da Noruega estava encaminhando um pedido de autorização para o disparo de um foguete de pesquisa.
Este instituto pretendia conhecer as condições da atmosfera terrestre, especialmente os gases e tipos de gases presentes na Europa.
Para tanto queriam fazer uso de um foguete que captaria os gases, mas não poderia ser disparado à Oeste, pois cairia no meio do oceano, nem à Sudoeste, pois estava a Inglaterra, ao Sul, a França, ao Norte, o Ártico, portanto a melhor direção e a mais segura seria o Leste em direção à Moscou, pois cairia em uma região deserta.
Ao solicitarem a autorização, o instituto foi delegado ao serviço de segurança e à secretária do capitão, esta entendeu a necessidade, mas recomendou que fizessem um pedido em papel timbrado e assinado pelas autoridades de seu país, Noruega, solicitando às autoridades soviéticas.
O pedido foi feito e enviado por fax, que a secretária esqueceu em sua mesa.
Por muito pouco o planeta não foi destruído, o número de ogivas nucleares era suficiente para destruir a Terra 300 vezes.
Em 1987, EUA e União Soviética firmaram um tratado onde passariam a diminuir o número de ogivas nucleares gradativamente. Também ficou pactuado que teriam mais responsabilidade no trato das questões de rivalidade entre ambos. Pouco tempo depois, tivemos a derrocada da estrutura soviética e do comunismo em geral. Mas foi realmente por muito pouco, que uma terceira grande guerra e terrivelmente destruidora não ocorreu.



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