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Fonoaudiologia e Canto - Disfonias (10 de 12)
(Lídia Maria de Gouveia)

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Classificação das Disfonias: NÓDULOS NAS PREGAS VOCAIS; EDEMA DE REINKE; ÚLCERAS E GRANULOMAS.
NÓDULOS NAS PREGAS VOCAIS
São lesões secundárias associadas às alterações funcionais da voz, caracterizando-se por alteração na camada superficial da lâmina própria, representada histologicamente pela presença de tecido edematoso e/ou fibrocolagenoso, associado a um espessamento do epitélio das pregas vocais, com queratinização superficial e acantose entre as cristas epidérmicas. Apresentam-se como lesões esbranquiçadas em torno da borda livre na junção do terço médio de ambas as pregas vocais, que, ao entrarem em contacto durante a fonação, assumem a silhueta de um "beijo". Apresenta aspecto endurecido e algumas vezes edematoso, principalmente em crianças. Há um aumento de massa e rigidez da cobertura, assim como interferência na vibração mucosa contralateral. Na maioria dos casos há presença de fenda triangular médio-posterior.
A incidência desta alteração em adultos é maior no sexo feminino e está sempre associada ao abuso vocal e ao stress. É a disfonia funcional mais comum entre as crianças, predominando no sexo masculino. Em cantores, pode ocorrer secundariamente à execução do canto fora da extensão adequada e por pobre apoio respiratório.
Os sintomas vocais mais comuns são fadiga vocal, alterações de afinação, alterações ressonantais e extensão dinâmica reduzida. A qualidade vocal mostra características de soprosidade, aspereza, quebra vocal e ataque vocal brusco.
EDEMA DE REINKE
É uma lesão de aspecto edematoso e por vezes polipóide, o que lhe rendeu a denominação de degeneração polipóide, ou ainda, pólipo edematoso de pregas vocais. É geralmente bilateral, porém quase sempre assimétrica. Estende-se ao longo de toda a borda livre das pregas vocais na maioria dos casos. Apresenta crescimento progressivo, podendo obstruir completamente a glote com consequente asfixia, no seu estágio mais avançado. Interfere na vibração mucosa contralateral e está frequentemente associado ao tabagismo crónico e, em menor escala, ao hipotiroidismo e ao refluxo gastroesofágico. A fonoterapia pode reduzir a lesão em alguns casos, ainda que ocorra uma melhoria importante da qualidade vocal nos casos com lesões pouco exuberantes. Entretanto, o encaminhamento posterior para tratamento cirúrgico é necessário.
A disfunção vocal geralmente é estável, de longa duração, e predomina no sexo feminino. Os principais sintomas associados são fadiga vocal, alterações ressonantais e extensão vocal reduzida. A qualidade vocal apresenta características de rouquidão, com pitch agravado, sonoridade pobre e quebras vocais.
ULCERAS E GRANULOMAS
São as únicas lesões orgânicas localizadas fora da borda livre das pregas vocais, decorrentes de distúrbios funcionais da laringe. São associadas a processos inflamatórios extralaríngeos ou secundários à entubação endotraqueal prolongada. Nos casos funcionais, são provocados por trauma fonatório na apófise vocal das aritenóides, em pacientes com importante tensão muscular laríngea e ataque vocal brusco. Geralmente são lesões pequenas que comprometem o fechamento glótico. Quando são de grandes dimensões, outras possibilidades diagnósticas devem ser aventadas.
O estabelecimento da alteração vocal é geralmente agudo (de dias a semanas), às vezes intermitente por meses. Os sintomas mais frequentes associados são odinofonia e fadiga vocal.
A qualidade vocal manifesta-se sob forma de disfonia variável, com afinação grave e ataque vocal brusco. A laringoscopia mostra ulceração do processo vocal uni ou bilateral, ou granuloma, com hiperfechamento glótico posterior. Outros factores observados em pacientes portadores de úlceras ou granulomas são apoio respiratório pobre, uso de ar residual, frequente associação ao refluxo gastroesofágico, hábito de pigarrear e tossir e abuso vocal.



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