Resumo de Nações e nacionalismos

Partindo de uma dialética futurísticas, Hobsbawn, em seu livro HOBSBAWN, E. Nações e nacionalismos. SP.: Paz e Terra, 1998. Introduz o conceito atual de nação, usando como ferramenta didática a imaginação. No campo da suposição Hobsbawn utilizará a visão de um “extraterrestre” para entendimento da cultura humana. “...Após alguns estudos, nosso observador conclui que os últimos dois séculos da história humana do planeta Terra são incompreensíveis sem o entendimento do termo nação e do vocabulário que dele deriva.” Etimologicamente o atual termo dado para nação, distingue quase em absoluto do conceito empregado na Antiguidade Clássica, para os gregos o termo nação compreendia, num primeiro momento, os Clãs, altamente patriarcal onde os membros da família se identificavam apenas com seu grupo. Posteriormente a junção de vários clãs levou ao surgimento das Cidades Estados, porém o sentimento de pertencimento era unicamente voltado para os costumes comuns. Já os romanos vão conceituar de “Bárbaros” todos que não falam o Grego ou Latin. Concomitantemente, na Medim Avien - Idade Média – a concepção de Nação, estará ligada ao Feudo, ou seja, ao limite territorial onde expande o comércio, o idioma, a família entre outros fatores. O período que mais assemelha-se o termo nação, com o atual, é o da Idade Moderna, a preocupação em defender as fronteiras das monarquias e legitimar a cobrança de tributos, cuminou no início embrionário do sentimento de pertencimento e proteção de um grupo maior. Hobsbawn cita uma série de autores que entre várias décadas produziram obras tendo Nação como instrumento principal. Porém “a maior parte dessa literatura centrou-se na questão: o que é uma (ou a) nação? Pois a principal característica desse modo de classificar grupo de seres humanos é que ... nenhum critério satisfatório pode ser achado para decidir quais das muitas coletividades humanas deviam se rotuladas desse modo...” O fato é que “as tentativas de estabelecer critérios objetivos sobre a existência de nacionalidade, ou de explicar por que certos grupos se tornaram nações e outros não, freqüentemente foram feitas com base em critérios simples como a língua ou a etnia ou em uma combinação de critérios como a língua, o território comum, os traços culturais comuns e outros mais. ..” Certamente a conceituação de nação é mais complexa do que o exposto acima, “Todavia, quais são outras bases? A alternativa para uma definição objetiva de nação é uma definição subjetiva, seja ela coletiva (seguindo a frase de Renan: Uma nação um plebiscito diário.” No século XIX a normatização do Estado levou a um novo patamar o termo nação, atrelava-se a essa a palavra cidadania, o Estado fornecia “administrativamente passaportes, inquirem sobre línguas e sensos são realizados”. Porém no período anterior as guerras (1900-1913) a preocupação em defender as fronteiras levou o Estado, de forma ideológica, a buscar membros para compor o exército e portanto lutar pela nação. Hobsbawn conceitua nação como “qualquer corpo de pessoas suficiente grande cujos membros consideram-se como membros de uma nação” . Apesar de confuso e abrangente o conceito utilizado pelo autor, percebemos que a identidade de vários grupos somados ao fator quantitativo (total de habitantes) será fatores fundamentais para conceituação de nação. Por fim “nação” pode ser “sumarizada” conforme: 1- “Um principio que sustenta que a unidade política nacional deve ser congruente. Agregaria a esse principio a implicação de que o dever político... supera todas as outras obrigações públicas.” 2 –“A Nação pertence exclusivamente a um período particular e historicamente recente. Ela é uma entidade social apenas quando relacionada a uma certa forma de Estado territorial moderno.“ 3- “a questão nacional - a identificação de fatores comuns atrelada a aspirações comunais e associados a fatores de condições econômicas, administrativa, técnica, política” entre outras embasariam a nação. 4 – O Estado guia os pensamentos conforme sua ideologia, seus interesses.

Resumos Relacionados