Análise do conto O gato de botas de Charles Perroult
(Marcos Leandro)
Analise do conto “O gato de botas” de Charles Perroult
Os contos de fadas são muito relevantes para educar de maneira inconsciente as crianças, que de alguma maneira, conseguem ter a oportunidade de viver junto aos personagens e as estórias da ficção situações difíceis e até mesmo dilema de nossas vidas. Porem, nas estórias infantis e nos contos de fadas essas situações são tratadas de maneira a serem bem compreendidas por seu leitor, que ainda está começando a criar seu censo critico e sua autonomia. Para essa analise foi escolhido o texto de Charles Perroult “O gato de botas” publicado no século XIX, por se tratar de um conto de bastante expressividade no mundo todo.
O conto “O gato de botas” narra a estória de uma herança que após a morte do moleiro (profissão comum nas comunidades européias do século XIX) foi dividida entre seus três filhos, porem como o pai, que era o moleiro, era muito pobre deixou seus únicos bens para ambos os filhos, Para o mais velho foi deixado o moinho, para o do meio um burro e para o mais novo um gato. Assim o pai queria que os filhos tivessem alguma coisa para que sobrevivessem. No entanto, o filho mais novo sentiu-se prejudicado, pois o que ele poderia fazer com um gato, mas na ficção o gato era um astuto animal, de que nada pouparia em esforços para agradar o seu dono. Por meio de algumas mentiras e trapaças o gato consegue transformar a vida do garoto, tornando-o marido da filha do rei.
O gato no conto é a personificação do sentimento de conquista, de vitória, ao final do conto o leitor se pergunta: Será mesmo que o garoto mais novo ficou no prejuízo, enrelação aos seus outros irmãos? Aparentemente não, pois o gato astuto fez o com que seu dono conseguisse subir na qualidade de sua vida. O que os contos colocam em jogo são fatos, ações e atitudes que acarretam resultados finais que podem ou não ser bons para o protagonista ou para os demais personagens do conto. No caso do gato ele conseguiu ajudar seu dono, mas inconsciente ou propositalmente ele estava agindo para si mesmo.
Se tomarmos como referência Bachelard (Os devaneios voltados para a infância; 1988)
“Nossa infância testemunha a infância do homem, do ser tocado pela glória de viver.”(p.14). O Gato era o sonho do garoto de mudar de vida, de não passar por necessidades. O gato veio como um sonho, que realizou seus desejos garantindo-lhe a possibilidade de uma nova vida, uma vida de fartura e segurança.
O conto ainda conta com o dinamismo do seu personagem central que encanta quem o acompanha em suas peripécias, ele é mágico e verdadeiro. O gato mesmo que trapaceiro, ainda nos apresenta como herói, luta por uma causa que nos move a torcer por ele e sonhar juntos pela vitória de seus planos. O Ogro que inteligentemente o gato o engana, se apresenta como o maior dos obstáculos, a coragem e a inteligência do gato surpreendem e lhe dão a consagração de sua vitória, só sua não! A de seu dono também.
Portanto, olhando de maneira mais abrangente aos contos têm-se no final dos contos, que a protagonista que se encontra na posição do Bem, tem um comportamento bom, sendo assim um bom tratamento. Antagonista ao contrário por não se conduzir-se bem é castigada ao final. Assim, encontra-se a moral de muitos dos contos populares e narrativas infantis segundo a qual “Os bons são recompensados e os maus punidos”. Mesmo assim, no conto escolhido para essa analise, foge desse plano, sendo difícil enquadrar o personagem gato em bom ou mau.Escreva o seu resumo aqui.
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