Avaliação da situação de Trabalho e Condições de Vida dos Pescadores d
(Theresa Cristina de Oliveira chaves)
JUSTIFICATIVAOs constantes impactos sobre o meio ambiente como despejo de esgoto in natura em rios e canais, assoreamento, vazamento de oleo (Petrobrás, 01/2002), destruição de encostas e invasão desordenada de manguezais, tem provocado uma sobrecarga ao trabalho do pescador, que precisa percorrer distâncias mais longas (a maioria a remo), para encontrar pescados de boa qualidade. Este fato tem favorecido o cnsumo de álcool e fumo excessivo, além do contato com vetores.OBJETIVORealizar um estudo do processo de trabalho dos pescadores do Canal de Magé e adjacências visando à identificação e análise dos indicadores de morbi-mortalidade e da qualidade de vida desses trabalhadores, destacando aqueles que possuam ligação direta com o Canal de magé, verificando o uso de Epis e, também o sedentarismo.METODOLOGIANa 1ª etapa - visitas ao local de trabalho com levantamento sobre o processo de trabalho (preparação do barco até o processo de pesca), observando-se suas condições de trabalho e o uso de Epis e, após, elaborado um fluxograma do setor com mapeamento das áreas de risco.Na 2ª etapa - foi elaborado um questionário, respondido por 33 pescadores da área (31 pescadores e 2 escarnadeiras de siri), incluindo os da COOPCANAL (Cooperativa de Pesca) e, ainda, foi realizada uma dinâmica de grupo com mais 15 pescadores, visando o levantamento de dados a cerca destes trabalhadores, seus hábitos de vida e condições de saúde.Por último, realizei visitas a algumas insituições de saúde (públicas e privadas) que prestam assistência aos pescadores visando coleta acerca dos agravos que tem acometido os mesmos. RESUTADOS ENCONTRADOSEsses trabalhadores viivem em condições adversas: sem saneamento, pouquíssima ou nenhuma instrução em matéria de higiene e exposição a doenças infecto-contagiosas: A procura pelo pescado aumenta o número de agravos: exposição prolongada aos sol/chuva/frio/calor, contato com vetores e a poluição de maneira geral: As sub notificações das CATs e informações nos registros de óbito escondem a realidade dos indíces de morbi-mortalidade que vem acometendo os pescadores do município.Com a aplicação do questionário, que foi realizado em forma de entrevista com 33 pescadores, os dados de morbidade mostram um quadro preocupante: 52,8% não foram ao médico nos últimos 10 anos: 49,5¨% tomaram ATT; 92,4% não possuem cartão de vacina; 79,2% não possuem INSS; 82,5% percorrem em média 40 Km por dia de barco; 82,5% consomem bebida regularmente e 46,2% fumam diariamente (de 2 a 3 maços de cigarro); 52,8% sofreram acidentes perfuro-cortante ocasionados por ferrão de bagre/arraia; 26,4% sofreram naufrágios (colisões/barco virou devido a temporais); 26,4% sofreram queimadura (motor/corda); 33% reclamam de dores no corpo e 29,7% de dor de cabeça. Foram diagnósticado também casos de herpes, manchas na pele, queimaduras na vista, dengue, hepatitese micoses.
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