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Freud e a Psicanálise-O.C. vol. IV
(Carl Gustav Jung)

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A Divergência entre Freud e Jung ( cap. 16 da citada obra) foi publicado pela primeira vez em 1929 e teve sua última revisão em 1950.Jung afirma que a imparcialidade que nele depositam para falar do tema é irreal, pois não seria possível a um ser humano.Acredita que as idéias amplamente aceitas já não pertencem ao autor. Por outro lado, idéias impressionantes, verdadeiras, são como sementes que brotam da pessoa humana. fazendo as pessoas mais do que as pessoas as fazem .Propõe que idéias trazem o melhor e o pior de nós e aquelas sobre psicologia vem do que há de mais subjetivo. Entretanto, considera que o subjetivo também é um dado objetivo - já que é um pedaço do mundo e as idéias que de lá surgem são as mais próximas da essência.Todavia, Jung considera importante renunciar ao ensejo de se eleger afirmações verdadeiras sobre a essência da psique.Percebe que o que se atinge são expressões verdadeiras, isto é, uma apresentação detalhada do que se observa subjetivamente. Diferenças serão feitas conforme o campo que venha a receber ênfase, seja ele na forma do que é encontrado ou naquilo que se manifesta. Jung considera que a psicologia acaba por ser uma confissão de alguns poucos . Assim, Freud e todos os pensadores em psicologia - inclusive o próprio Jung - integram um tipo psicológico que pronunciam confissões e estas cabem aos mesmos tipos e também a outros por assemelhação do gênero humano como tal. Deste modo, a sexualidade vista através de Freud será fruto de Freud, como todas as colocações subjetivas com as quais a psicologia se forma.Jung afirma , categoricamente, não ser opositor de Freud e considera sua contribuição genuína dentro desta compreensão na qual estamos fadados a trazer nossa subjetividade no apontamento das questões relativas à psique:"Nosso modo de ser condiciona nosso modo de ver".Jung coloca que há uma percepção na escola de Freud e Adler (antes discípulo de Freud e depois discordante) do sujeito através da doença. Acredita, pelo contrário, ser importante valorizar a saúde e vê uma certa morbidade na visão freudiana, já que lida basicamente com a patologia.Mesmo com essa crítica, considera Freud verdadeiro e válido. Entretanto, sublinha que este não deu a importância devida à filosofia - que seria propiciadora de questionamentos a respeito de suas próprias premissas psíquicas.Resumidamente, a crítica filosófica proporciona a clareza relativa ao fato de que toda psicologia tem um caráter de confissão subjetiva.Porém, acha importante que se limite o poder da autocrítica em prol de maior criatividade. "Sei que toda a palavra que pronuncio traz consigo algo de mim mesmo - do meu eu (...). Mesmo ao lidar com dados empíricos, estou falando necessariamente de mim mesmo". Jung, neste texto enumera três pontos fundamentais de suas diferenças com Freud: 1º) o caráter subjetivo da psicologia que cada um produz; 2º) a compreensão da existência de um grande exterior e um grande interior - onde o homem passeia, valorizando um ou outro de tempos em tempos; 3º) entender que a psique humana, desde tempos imemoriais, está imbuída de sentimentos e idéias religiosos. Sublinha o valor da sexualidade na vida psíquica, mas deseja alocá-la em um espaço menos abrangente do que Freud lhe ofereceu:"(...) O que pretendo é colocar limites à terminologia avassaladora do sexo que vicia toda discussão da psique humana e, também, colocar a própria sexualidade em seu lugar".Jung lembra que suas idéias sempre se basearam no jogo dos opostos e daí deriva sua conceituação de energia psíquica, tal qual a energia física - onde percebemos claramente calor-frio etc. Freud começou por considerar a sexualidade como única força propulsora psíquica. Jung explica neste texto que, somente após o rompimento entre eles(1912) é que Freud levou outros fatores em consideração. Jung fala em energia para tratar dos impulsos ou forças psíquicas, enquanto Freud lida com as forças individuais ou impulsos ( denominadas por ele de pulsões).Jung trata a sexualidade como um dos instintos biológicos e como uma das funções psicológicas e a considera abrangente e importante. Entretanto, chama a atenção para a exacerbação dada pela construção freudiana. Afirma que , na maioria das vezes, é o "atolamento nos ressentimentos familiares e as delongas emocionais do romance familiar " que acabam por levar ao represamento da energia vital. Fala que o retorno ao espírito é parte integrante da vivência humana, como já visto no terceiro ponto de discordância.Mostra que Freud, ao criar seu conceito de superego, faz um retorno a Jeová - aquele ao qual é referido por sua origem judaica.Finalizando, Jung sublinha: " A oposição entre Freud e eu repousa essencialmente na diferença de pressupostos básicos. Pressupostos são inevitáveis e porque são inevitáveis não se deve dar a impressão de que não os tenhamos. Por isso eu trouxe à luz sobretudo os aspectos fundamentais; a partir deles é possível entender melhor as várias diferenças, inclusive em seus detalhes, entre a concepção de Freud e a minha".



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