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A evolução da Expressão gráfica da Criança
(Isabel Andrea)

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EVOLUÇÃO DA EXPRESSÃO GRÁFICA E DA MODELAGEM EM BARRO DA CRIANÇA A criança revela-se através daquilo que faz, pelo que os seus desenhos, pinturas e objectos devem ser observados com seriedade e não com falsas apreciações ou exageradas manifestações de êxtase, decepção ou indiferença. Se por um lado a criança sente tristeza perante a indiferença do adulto, por outro lado, acaba por se tornar insensível ao aplauso sistemático. O que ela pede é que a tomem a sério. Para isso, é preciso saber ler ou entender a pintura infantil para que não se cometam erros, quantas vezes causadores de graves perturbações. Na maioria dos casos, a criança é vitima da intervenção desastrosa do adulto. O mundo plástico da criança é estruturalmente diferente do do adulto. Tem valores e leis particulares, características próprias, segundo as fases da sua evolução. (Eurico Gonçalves , A Arte descobre a criança 1991) Primeiras manifestações gráficas A GARATUJA – Por volta do ano e meio, dois anos, a criança pinta e desenha só por prazer lúdico-sensorial da experimentação dos materiais; descobre que pode registar os seus movimentos. Muitas vezes a esses registos ela dá-lhe um nome que lhe sugere a forma mas não existe à priori nenhuma intenção de representar seja o que for; repete o mesmo gesto com várias cores, experimenta os movimentos rápidos, experimenta as possibilidades de registo que o pincel lhe dá, ora com força, ora com delicadeza; experimenta vários materiais de registo e cruza-os; experimenta a fusão das tintas. É esta a fase da Garatuja. Um processo idêntico existe quando a criança brinca com o barro: descobre que é mole, que se parte em bocados quantos ela quizer; que fica mais mole com mais água; prova-o; cheira-o; vê que os seus dedos lá ficam marcados; dá nomes a certas formas que surgem do acaso; espeta no barro pauzinhos, pregos e muitas vezes o barro serve para envolver totalmente alguns brinquedos… etc… A PRÉ-FIGURAÇÃO SIMBÓLICA – Por volta dos três anos a criança já tem a intenção de representar algo e cria uma simbologia própria, que varia de criança para criança. Nesta altura a criança sabe o que está a desenhar. Geralmente formas arredondadas ou alongadas a partir das quais vai elaborar o seu vocabulário figurativo. É a fase pré-figurativa, durante a qual é frequente falar enquanto desenha. O GIRINO OU CABEÇUDO – Aos 5 anos, a criança representa a figura humana com a forma de girino ou cabeçudo. O Circulo não representa só a cabeça mas também o tronco que não é diferenciado, dentro do circulo são também desenhados os olhos, a boca e o nariz. Com o barro é muito comum a criança fazer muitas bolas e rolinhos; e assim como a figuração no plano começa com os girinos, no barro começa com a junção de um desses rolinhos a uma bolinha com olhos e boca feitos com três furos na massa. HUMANIZAÇÃO – A criança atribui vida a tudo e é natural que o seu mundo anímico se projecte no que faz: humaniza o Sol, as casas, os animais, tudo aparece com cara de gente. O mesmo acontece no barro. É muito frequente fazerem, por exemplo, um gato com cara de gente. ESPAÇO TOPOLÓGICO - A criança até por volta dos cinco anos de idade usa o espaço topológico; com figuras rebatidas e estampadas no plano preenche todo o espaço sem nenhuma direcção determinada, espalhando os elementos representados por toda a folha. No barro isso não acontece pois trata-se de um trabalho a três dimensões. Isabel Andrea



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