Enterrem meu coração na curva do rio
(Dee Brown)
Dee Brown – Enterrem meu coração na curva do rio... Dee Brown, bibliotecário de profissão, é uma das maiores autoridades da História do Oeste Americano, passou dois anos pesquisando para escrever este livro. Nascido na Louisiana, filho de um lenhador, formou-se na capital, na Universidade George Washington, na época da depressão. O melhor emprego que conseguiu foi como bibliotecário no Departamento de Agricultura. Pesquisador nato, escreveu dezoito livros, quinze sobre a história do Oeste e três sobre a guerra civil. Nos velhos tempos, o mocinho ganhava do bandido e casava com a mocinha. Ninguém era mais bandido que os os índios. Neste livro é contado o outro lado da história. A gente pintada que gritava e atacava, é um povo altivo, nobre e com cultura própria e tinham nome: Cochise, Geronimo, Nuvem Vermelha, Cavalo Doido, Victorio Touro Sentado, Galha...Só entraram na guerra para defender o direito de viver nas terras que sempre foram suas. Contra eles um dos maiores exércitos da época. Os brancos guardam na memória os massacres Fetterman e Little Big Horn, onde morreu o General Custer. Foram relegados aos livros especializados e de difícil acesso, o grande número de massacres a aldeias índias, e a morte a sangue frio de velhos, mulheres e crianças. O período coberto por este livro entre l860 e l890, foi uma era de violência, cobiça, audácia e uma atitude reverente com o ideal de liberdade pessoal, por parte dos que já a possuíam. Nessa época, a cultura e a civilização do índio americano foram destruídas e os grandes mitos do Oeste Americano: negociante de peles, homens das montanhas, pilotos de vapores, mineiros, jogadores, pistoleiros, soldados da cavalaria, vaqueiros, prostitutas, missionários, professores e colonizadores tiveram suas histórias. A voz do índio ocasionalmente foi ouvida e nunca foi registrada pelo homem branco. O índio era a ameaça dos mitos. Mas todas as vozes índias do passado não foram perdidas. Quando eu era jovem, andava por todo este território, pelo leste e pelo oeste, e nunca vi outro povo além dos apaches. Depois de muitos verões, andei novamente por ele e encontrei outra raça de pessoas que vieram para toma-lo. – Cochise, dos apaches chiricahua. Quando os americanos chegaram pela primeira vez no Arizona, Cochise recebeu-os bem. Em 1856, prometeu deixar os americanos atravessarem o território chiricahua, pela estrada sul, para a Califórnia. Em 1861, recebeu uma mensagem, pedindo que fosse à estação conferenciar com um oficial. Assim que entrou na barraca, doze soldados o cercaram e o tenente exigiu que os chiricahuas entregassem o gado e um menino mestiço eu haviam sido roubados de um rancho. Cochise achou que ele estivesse brincando, e não deu importância a acusação. O tenente ordenou sua prisão. Quando os soldados se adiantaram ele abriu um buraco na barraca e fugiu sob uma salva de tiros. Ferido, conseguiu escapar. Furioso porque não acreditaram que o seu povo fosse inocente, sitiou a companhia de infantaria na estação de diligencia. O tenente revidou, enforcando três parentes masculinos de Cochise. Cada nação indígena teve seu momento de desencontro, de autoritarismo, de tragédia e de destruição. Nasci na pradaria onde o vento sopra livre e não existe nada que detenha a luz do sol. Quero morrer ali. Não dentro de quatro paredes. Quando estive em Washington, o Grande Pai Branco, disse que toda a terra comanche era nossa e que ninguém deveria impedir-nos de morar ali. Assim,. Porque nos pedem para deixar os rios, o sol e o vento, para irmos morar em casas. Não nos peçam para trocar o búfalo pelos carneiros.Só queremos vagar pelas pradarias até morrermos. – Dez Ursos, dos comanches yamparika.
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