BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Quando Eu Era Pequena
(Adélia Prado)

Publicidade
Está lá na seção infantil das livrarias e o título também sugere: Quando Eu Era Pequena. Mas, apesar de o livro ser para crianças, nenhum adulto ficará insensível à linguagem poética de Adélia Prado, que faz sua estréia literária no gênero, fazendo de Carmela, a protagonista, o seu alter-ego. Nem precisa ser um expert na obra da escritora para desconfiar que o livro é mais memória do que invenção literária.

Como Adélia Prado, Carmela é filha de um ferroviário. O pai tem como hobby fazer pequenos móveis em ferro para ela brincar de casinha. “Brinquedo de ferro é para toda vida”, diz Carmela. Como Adélia, Carmela também é religiosa e deixa transparecer essa religiosidade nas orações. Página a página, com as belas ilustrações da carioca Elisabeth Teixeira, a escritora registra lembranças como a do avô com quem ela, os pais e o irmão moraram por algum tempo. Também estão registradas as dificuldades financeiras da família durante a Segunda Guerra Mundial, as roupas recicladas, a oração nos dias de tempestade e as primeiras poesias declamadas para as visitas.

Com o despojamento habitual, Adélia alinhava pequenos detalhes com grandes acontecimentos, em um tom que fica mais autobiográfico e emocionado ao longo do livro. Depois de mergulhar nas memórias de Carmela, de se encantar com seu espanto e candura, o leitor tem uma surpresa na página final, quando Adélia não se incomoda em dar a maior bandeira assinando o que pode ser considerado um postscriptum: “Em um livro não cabe tudo. Não falei de minhas brigas com Alberto nem das brincadeiras com meu primo Benedito. Quem sabe posso escrever outro para contar esta parte?”.



Resumos Relacionados


- A Gazeta

- Adélia Prado - Vida E Obra

- Adélia Prado

- Contos Mineiros

- A Bela Moleira



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia