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Estação Clínicas
(Arimar Vieira da Costa)

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ESTAÇÃO CLINICAS









Estava amanhecendo e nada daquela senhora levantar-se.









Zé ninguém vai até o quarto de sua mãe e nota que está febril e sem condições de fazer nada.









Como ela teria dito no dia anterior que buscaria seus remédios, que são de uso contínuo e não poderia passar daquele dia e hora marcados, Zé ninguém pergunta-lhe o que poderia ser feito.









Zé ninguém está desempregado e não tem uma moeda no bolso para pagar a viagem de""METRÔ."" Pega o bilhete de sua mãe, que é de uso restrito e doado à pessoas idosas. Pensa,...repensa,... e julga não ter outra saída, teria que usá-lo, mas, poderia trazer problemas para sua mãe. Mas o que fazer? Tratava-se de uma emergência, os minutos estavam passando e logo estaria fora do horário estabelecido.









Seja o que Deus quizer! Vou ter que arriscar, pensa Zé ninguém. Segue em direção da estação com a receita e o bilhete de sua mâe.









Ao chegar na estação, nervoso, coloca o bilhete no orificio indicado e recebe-o de volta, rapidamente passa e dirige-se à plataforma, aliviado, enfim tinha conseguido passar sem problemas,logo estaria na estação ""CLÍNICAS"" e poderia levar o remédio para sua mãe e tinha pressa, pois, tinha deixado-a em casa acamada.









Depois de algum tempo de espera recebe os medicamentos. Dirige-se à estação ""CLÍNICAS"" e quando estava dentro da estação, já indo em direção da plataforma foi barrado por um senhor de origem oriental, possivelmente japonesa,que pede a Zé ninguém seu bilhete.









Zé ninguém, congela e gaguejando entrega-lhe o bilhete. Aquele senhor de traços orientais solta uma gargalhada irônica e diz-lhe:









- Este bilhete é de pessoa idosa e o sr não poderia estar usando-o. Zé ninguém, assustado e trêmulo, responde-lhe:









- Eu tenho consciência disso, porém, minha mãe está adoentada temporariamente, estão aqui a receita e os remédios que ela teria que pegá-los hoje, somente hoje, sendo de uso contínuo e infelizmente estou desempregado, não tendo dinheiro para pagar a passagem.









""- ESSA PORRA DE PAÍS ESTÁ ESTA MERDA POR CAUSA DE PESSOAS COMO VOCÊ."" E afasta-se virando de costas para Zé ninguém, que indignado procura saber se teria uma pessoa com a qual pudesse resolver esse impasse.









Depois de esperar por muito tempo aparece um senhor , alto de bigodes, bem magro e arrogantemente diz a Zé ninguém:









_ Suma daqui, você está totalmente errado, mas, Zé ninguém tenta argumentar e mostrando a receita tenta lhe explicar:









_ Estes rémedios são de uso contínuo, caso não pudesse pegá-los hoje, minha mãe teria que passar pelo médico novamente e sabe-se lá quando poderia pegá-los, não se pode fugir dessas datas. Eu jamais usei esse bilhete, tenho consciência de que ele é de uso restrito, porém estou desempregado, minha mãe está adoentada e portanto impossibilitada de locomover-se até o referido hospital.









_ Foda-se você e sua mãe, isto não é problema meu. E é melhor o sr ir se mandando antes que a situação piore. Vamos, desinfeta daqui! Baralho!!!!









Zé ninguem abaixa a cabeça percebendo que de fato a situação poderia piorar, pois já estavam chegando vários outros funcionários uniformizados do Mêtro e vai-se embora.









Ficou revoltado, durante alguns dias não conseguia dormir direito e não saia de sua cabeça o que aquele japonês lhe tivera dito:









""_ ESSA PORRA DE PAÍS ESTÁ ESSA MERDA POR CAUSA DE PESSOAS COMO VOCÊ.""









Tentou entrar em contato com a ouvidoria, no entanto nunca obteve resposta.








Esta é uma obra de"ficção", qualquer semelhança com fatos e/ou pessoas é a pura "realidade". Arimar Vieira da Costa



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