HISTÓRIA DE UMA VIDA
(Arimar Vieira da Costa)
HISTÓRIA DE UMA VIDA Muito pequeno, no colo dos paisChegava nesta grande capitalA mais de quarenta anos atrásUm personagem que tentouE ousou conquistar seus ideaisDe uma pobreza sem igualDigo, no sentido materialTeve uma infância naturalPorque naqueles bons temposA criança era só criança, normalNão tinham a televisãoComo principal diversãoEram muito mais criativosFaziam seus próprios brinquedosE eram muito bem instruidosTanto pelos pais, e tambémPelos orgãos ora instituidosChegando a uma certa idadeComo sempre aconteceSendo de família muito pobreTem que ir trabalharE com isso muitas vezesDe estudar se esqueceDevido ao sucesso alcançadoPor onde quer que tenha passadoDesperta uma grande preocupaçãoSendo alvo de arapucas e falcatruasSoberanos e veementes, subjulgamAcarretando a sua supressãoNão acostumado com falsidadesPois, assim não fôra criadoResolve partir para um trabalhoEm que poderia ser melhor remuneradoEstava muito resolvido, entãoDepois de muito procurarFinalmente conseguiu encontrarE alugou um singelo salãoTudo caminhava bemObtivera recursos que puderamDar-lhe objetos que outroraNão passaria de sonhos, porémNum dia muito bonitoDepois de um árduo trabalhoTudo foi por água abaixoAo retornar para o larNo caminho foi interceptadoPor policiais que erronêamenteO deixaram literalmente massacradoIa indo por uma rua sossegadoQuando , de repente assustado!! Pelo retrovisor de seu autoNum reflexo brusco, exageradoDuma viatura militarQue pensara, queria passarDeu passagem, que engano!Foram para o mesmo lugarApavorado, com o brilho do farolFoi num barranco pararMal pode descer do veículo para entenderO que estava acontecendoNão teve tempo sequer de perguntarBordoadas logo foi recebendoIndo horas depois acordarNum leito de pronto-socorroTodo marcado por hematomasCom um antebraço quebradoMuito longe do ocorridoE sem poder sequer reclamarFora levado ao distritoPara o boletim elaborarOnde o infeliz foi citadoDe um acidente provocarCausando lesões em soldadosDaquela viatura militar Durante um bom tempoNão podendo trabalharFicando sem numerárioPara poder se sustentarComo estava com a razãoSeus direitos foi procurarE acreditem! Até hojeVinte e poucos anos depoisAinda não conseguiu encontrarPor onde quer que tenha procuradoFoi sempre, sempre enganadoE o seu sonho de uma vida melhorTem ido de mal a piorAndando assustado, preocupado, desanimadoTudo que vê assombra, desolaO jeito é ir levando a vida por aí afóra......Arimar Vieira da Costa
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