A DITADURA
(Arimar Vieira da Costa)
A DITA-DURA
Engraçado, foi-se a ditaduraQue outrora massacravaCerta camada de nossa populaçãoMas, o proletariado até entãoParecia, ou apenas pareciaTer uma vida mais seguraAo levantar e dirigir-se ao trabalhoApreciando pela manhã o orvalhoE labutando por horas a fioTinha certeza que pra casa voltariaO que não é certeza hoje em diaE o soldo que ora recebidoHoje é dito que era poucoSustentava grandes famíliasE sobrava pra algumas regaliasNão se tinha tanto confortoMas, tinhamos muito sossêgoE pela vida em si , claro !Nós tinhamos muito mais apêgoOs filhos de antigamenteTinham muito mais respeitoE todos naquela épocaPareciam saber, e como sabiam!Tudo o que era direitoQuando um pai seu filho reprimiaQuerendo que ele andasse direitoEvitava que um dia, esse rebentoNão viesse a sofrer pelo mal feitoNem sempre era necessário sovasAs vezes um pequeno castigoEmbora, na maioria das ocasiõesSe um filho viesse a errar Nada, nada machucava tantoQuanto um severo olharCom as evoluções de nosso mundoTudo isso está aparentemente perdidoE tudo melhorará, e só melhorará!!!Quando esses valores forem restituidos.E os coitados que foram exiladosQue angustia, grande agoniaAo lado da torre Eiffel, triste.... né?Passeando pelos Champs Eliséevocê consegue imaginar que covardia?Junto de um povo esquisito e mal informadoQue não dividem suas riquezasDesigualdade por todo ladoPra onde se olha, só se vê pobrezaAposentado, com um bom salárioSeria mesmo uma punição?Levar a vida à francesa?Não se magoem, peço perdãoQuiçá tivesse eu o conhecimentoHoje, estou dizendo hoje, tá bom?Para mim e milhões de brasileirosComo, e como alegraria tal banimento!
Arimar Vieira da Costa
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