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JUVENAL E MARIA parte 3
(Arimar Vieira da Costa)

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JUVENAL E MARIA parte 3Devido ao ocorrido a pessoa que os atendera, aconselhou-o a procurar seus direitos na procuradoria, percebendo o que tinha acontecido, inclusive lhe fornecendo o endereço, o qual nem sabia que existia. No dia seguinte bem cedo, seu pai procurou por um conhecido e pediu-lhe que o levasse até a corregedoria, onde não pôde ser atendido, embora tenha sido encaminhado para fazer exames de praxe, onde foi constatado que os ferimentos eram de agressão, causando até indignação pelos profissionais que o atenderam e o veículo também iria passar por uma vistoria, no que também nada foi encontrado que justificasse uma colisão. Pois bem, depois disso, disseram-lhe que tudo havia sido encaminhado e só lhe restava aguardar. Tentou voltar a sua vida normal. Durante uns vinte e poucos dias, esteve repousando devido aos ferimentos e ao voltar ao seu pequeno comércio onde amargara algumas dívidas, tendo inclusive vários cheques devolvidos e um freezer retomado pela empresa que o fornecera, notou que não havia frequência de ninguém, pensou que pelo fato de ficar fechado por vários dias a clientela julgou ter falido e que logo que soubessem do seu retorno voltariam a frequentar. Engano, só se ouvia comentários maldosos, todos afirmavam que alguma coisa ele teria feito, nada acontece por acaso. Até os vizinhos, que o conheciam tão bem, a partir desse episódio, começaram a evitá-lo. E o comércio foi ficando as moscas, tornando-se insustentável mantê-lo, causando-lhe grandes prejuizos, não só materiais, psicológicos também, não tinha vontade nem de sair a rua e quando via uma viatura, apavorava-se, tinha vontade de correr, mas, continha-se temendo o pior. Como era constante a presença dos policiais que o haviam espancado nas proximidades de sua residência, causando-lhe pavor, mesmo que não tivesse sido por eles procurado, a situação incomodava demais, seu pai pediu para que fôsse para um outro estado, onde ele tinha familiares, a passo que o acompanhamento seria feito por ele(o pai) e quaisquer novidade seria repassada, então foi o que fez. Coitado! A única vez que procurara um distrito policial, fôra para solicitar emissão de documentos, nunca tivera nem amizade com pessoas de atitudes duvidosas e também nunca usou armas ou drogas considerada ilicitas. Em outro estado, tentou se estabelecer com uma pequena mercearia e no bairro onde estava, pelo fato de ser próximo a uma favela de fama perigosa, constantemente havia visita de viaturas policiais na região. Tudo isto foi causando-lhe um constrangimento tamanho, chegando a abandonar e voltando para a capital paulistana, indo para um outro bairro, do outro lado da cidade. Recebeu um comunicado, teria uma audiência, temendo qualquer represália combina com o pai e o advogado de encontrá-los no forum. Não se lembra do que foi dito e tudo foi conduzido de forma muito confusa, parecendo querer incriminá-lo e o advogado disse-lhe que teria que ter muita paciência, tudo isso é muito demorado, leva anos, por vezes o interessado chega a morrer e nada ainda foi resolvido. Passam-se alguns meses e sua mãe pede que venha ver seu pai, que se encontra muito adoentado. Ao conversar com seu pai, pergunta-lhe o que havia ocorrido, não foi suficientemente claro, só disse que algumas pessoas o pegaram, agredindo sem motivo algum. Após conversarem, ele pediu que seu filho abandonasse o processo, não dizendo qual o motivo e quando indagado se tivera sido agredido pelos policiais, negava veementemente. Vindo a falecer pouco tempo depois por infarto agudo no miocardio, conforme laudo médico. Tentou encontrar o advogado para saber sobre o processo e nunca mais o localizou. Ainda procurou o poder público e não obteve sucesso, sempre era mandado de um lugar a outro e aconselhado a deixar esse caso pra lá, até por funcionários de recepção. Também procurou diversas emissoras de televisão e nunca, nem resposta obteve, claro! um zé ninguém, nem audiência daria, até concordo, a midia vive de audiência, escandalos e sensacionalismo. Nunca fôra procurado por nenhum orgão de direitos humanos, ministério público e outros quaisquer para lhe amparar ao menos psicologicamente e ainda recebera notificação de débitos junto a união, que deveriam ser saldados e eram decorrentes das duas empresas que outrora teria fechado e não regularizado a situação. Suponhamos que tenha dito estar bem, era doutorado em que? Como podia num depoimento que por ventura tenha dado, influir numa decisão de pessoas tão cultas, preparadas e de formação cultural elevadíssima, parece que tudo estava já traçado, só foi um espetáculo circense onde o final seria à favor da instituição, claro! Devem ter arbitrariamente arquivado. Como lhe foi dito que teria que aguardar muito tempo, voltou para a casa dos pais, saindo a busca de trabalho e depois de muita procura, encontra, em uma panificadora próxima ao metro Tatuapé. CONTINUA



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