JUVENALE MARIA parte 5
(Arimar Vieira da Costa)
JUVENALE MARIA parte 5 Sem ter para onde corrrer e nem a quem pedir socorro, soube que seria liberado um lote de FGTS para quem estivesse três anos desempregado, foi ao banco e sacou o dinheiro, indo direto fazer compras para trabalhar na economia informal, recebendo desaprovação de Maria que estava grávida de novo, querendo que ele arrumasse algo mais seguro. Indo três dias e não tendo coragem de expôr as mercadorias para vender, pois estava com muita vergonha de tudo aquilo, foi estimulado por outra pessoa que estava no ramo a mais tempo, tendo iniciado. E estava bem feliz, pois todo dia voltava para casa com algum dinheiro, chegando a fazer um grande estoque de mercadoria, levantando de madrugada para comprá-las e ficando até a noite trabalhando, vendendo, devido ao esforço estava tendo um bom resultado. Um certo dia, uma irmã de Maria, ao passar em sua casa, para ver a sobrinha que acabara de nascer, viu o estoque de mercadorias e admirada pelo volume, comentou, - Só faltava todo mundo ficar doente nesta casa e a mercadoria acabar. No dia seguinte, JUVENAL acordara ruim, não saía do banheiro. Depois de dois dias mal conseguia andar e um concunhado ao passar por sua casa, vendo a situação, levou-o ao hospital para ser medicado. Melhorando, três dias depois e retornando ao trabalho. Ao retornar da batalha, Maria estava desesperada, pois, a filha dela estava muito doente, levando-a ao hospital, também ficando durante uma semana em observação, mas, melhorou depois de tomar muito remédio. Na semana seguinte a menina que já estava com 40 dias de nascida, esteve febril por toda a noite, onde no hospital, no dia seguinte foi-lhes dito que estava com bronco-pneumonia, tendo causado um grande gasto com injeções, onde os farmaceuticos tinham até dó de aplicar, era muito pequenina, mas graças a Deus sarou. Dias depois, ao retornar da farmácia, onde a pequenina tinha tomado a ultima aplicação, viu-se obrigada Maria, a sair corrrendo ao hospital, para levar a outra menina que havia se queimado, ao bater a mão no cabo de uma panela que estava cheia de água fervente sobre o fogão, ficando por umas três semanas ou mais, indo e vindo todos os dias ao hospital para avaliação e fazer curativos. No dia em que o médico disse, não ser necessário mais levar a menina ao hospital, pois já estava quase curada, ficando o restante do tratamento para ser feito em casa, uma parada brusca do coletivo, fez com que Maria batesse com a perna numa peça de metal , que ficava no assento do coletivo, causando-lhe fortes dores, indo no dia seguinte parar no hospital novamente, agora era contigo o problema. Medicada, com a perna engessada, retornou para casa. Quando JUVENAL chegou do trabalho, Maria queimava de febre e estava com muitas dores. Em casa mesmo, tiraram o gesso, que havia causado infecção, talvez pelo atrito. Tomou remédios e aguardaram para o dia seguinte uma providência. A madrinha da filha de MARIA veio para socorrê-la, colocaram-na no veículo e foram ao hospital onde ficou já internada e seria submetida a uma operação,naquele mesmo dia, pois o quadro era grave. Foi operada e depois de alguns dias, a perna voltou a infeccionar, tendo que levá-la novamente ao hospital, onde disseram que iriam amputar, como não houve concordância, disseram-lhes para tentar em outro hospital. Foram a outros hospitais e sempre tinham a mesma resposta, até que em um hospital, uma equipe médica, resolvera tentar, não descartando a hipótese de amputação. Entretanto, a equipe que a atendera, julgando ser ela muito nova e que teria grandes chances de recuperaçao,resolveram tentar, mas seria uma operação de risco e que nunca tivera sido feita. Nesse período, foi um caos, as crianças, cada uma ficou em um lugar, uma na casa de sua mãe, outra na casa da comadre e a filha dela ficara com a sogra, todas bem distantes entre si. E de dois em dois dias JUVENAL fazia a via sacra, primeiro no hospital e depois iria ver as filhas, retornando ao trabalho, onde por duas vezes, ao chegar recebeu a notícia que a fiscalização teria levado toda sua mercadoria, pois deixara e pedira para que os companheiros vendessem por ele, onde não puderam evitar, pois tiveram que salvar as proprias. Parecia castigo, que teria feito de tão ruim para passar por tal penitência? Maria teve alta no hospital, mas, ficaria um longo tempo em recuperação, também precisaria de usar um aparelho ortopédico para auxiliar na sustentação da perna. Trouxeram as meninas de volta para o lar e houve um acontecimento tragicomico, a caçula com menos de um ano de idade, chegou a chorar, estranhando a mãe, causando-lhe desespero. Juvenal, resolve alugar uma casa maior e Maria fazia o que podia para ajudar, produzia salgadinhos, bolos para festas, além de cuidar do lar e das crianças. CONTINUA
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