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O DEMÔNIO OUSADO
(Carlos C. de Andrada)

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O DEMÔMIO OUSADO Carlos C. de Andrada O Demolidor ( Daredevil em Inglês) é um dos personagens mais fascinantes, intrigantes e complexos das histórias em quadrinhos de super-heróis. Cego, possui os outros quatro sentidos super aguçados e um sentido adicional de “radar”, que lhe confere uma percepção esférica de tudo que o cerca. Ou seja, sabe o que acontece atrás, abaixo e acima dele, o que jamais aconteceria com um ser humano comum. Íntegro e audacioso, veste um uniforme vermelho, com uma máscara que tem dois pequenos chifres, como um diabo – a tradução literal do nome original seria ‘demônio audaz’ ou algo semelhante – e leva um cabo que o ajuda a percorrer a cidade de Nova Iorque, através de seus prédios e construções. Talvez justamente por ser deficiente visual, e, por isso, não poder literalmente enxergar o que o cerca, apesar de localizar precisamente tudo a um raio de centenas de metros, seja apelidado de “o homem sem medo”. A origem e história do Demolidor se mesclam a uma caracterização verossímil da Cozinha do Inferno, termo pejorativo, porém marcante, dado a Manhattan, o distrito mais famoso de Nova Iorque. Garoto pobre de um dos bairros mais violentos de Manhattan, seu nome é Matthew Murdoch, e fica cego devido a um acidente, quando salva corajosamente um idoso de ser atropelado, mas o veículo racha e solta um isótopo radiativo, que atinge o rosto do menino, alterando seu destino. Ao se dar conta de que perdera a visão, mas havia adquirido habilidades e sensibilidade que mais ninguém tinha, já adolescente, Matthew, cujo apelido era Matt, decidiu treinar seu corpo para aproveitar todo o seu potencial. Tomando a resolução de combater os criminosos e quadrilhas de seu bairro e cheio de problemas psicológicos, emocionais e afetivos, o “demônio” logo encontra o chefe dos bandidos da cidade e rival à altura no confronto: o Rei do crime, que se chama na verdade Wilson Fisk. A guerra particular entre os dois durará anos, e, ao que parece, será interminável. Entre eles, circundam outros personagens e figuras importantes, como Stick, o mestre do Demolidor/Matt; Electra, primeira namorada e grande amor do herói, que depois se tornará assassina e sua inimiga; Mercenário, seu inimigo mais feroz, cruel e implacável; Gladiador, bandido perturbado, que se regenera com grande ajuda dele; e outros super heróis da Marvel Comics, como o Justiceiro, Homem-Aranha e Capitão América. Todos aparecem em momentos diferentes, porém cruciais, na saga do Demolidor. As seqüências de aventuras do herói foram se estruturando e se dividindo em blocos com o passar do tempo, à medida que as estórias amadureciam e o personagem evoluía. O artista dos quadrinhos que realmente o revolucionou e o revigorou, tanto na forma gráfica dos desenhos, quanto no conteúdo adulto das tramas e situações, foi Frank Miller. Ele se conscientizou de toda capacidade e potencial do personagem, dando-lhe aprofundamento psicológico e fornecendo-lhe campos de ação mais inteligentes e completos. As aventuras que Miller desenhou e das quais fez o roteiro são consideradas as melhores do demolidor até hoje. A grande saga do herói e seu melhor momento, considerado um apogeu das histórias de super-heróis, “A Queda de Murdoch”, é permeada por cenas de peso, emocionais e cativantes, em que o sofrimento e a glória se misturam pela derrota humilhante e posterior redenção purificadora do herói. O “demônio ousado” arrebanhou fãs e admiradores em todo o mundo, a partir do final dos anos setenta, justamente quando Miller entrou como roteirista dos enredos. Houve um momento em que o Demolidor era o super herói dos quadrinhos com mais popularidade, superando até mesmo Homem-Aranha, Hulk, Batman e Super Homem, por causa da criatividade das estórias e de sua dinâmica empolgante. Quando Miller passou a cuidar somente dos roteiros, passando a tarefa dos desenhos para David Mazzuchelli e John Romita Jr., as jornadas continuaram com qualidade e inventividade, sem desgastar muito o personagem e com mínimo de repetição. O Demolidor é um herói difícil de se analisar, porque não se enquadra no grupo dos indestrutíveis, em cujas peripécias tudo dá certo. Atormentado por questões éticas, erros e traumas do passado, e com uma ansiedade conflitante que provém de sua profissão, seus amigos e inimigos, muitas vezes sua conclusão final, após terminar uma briga ou resolver um crime, é um questionamento aberto, em vez de uma definição triunfal. Ele é advogado e paladino vingador ao mesmo tempo, e isso lhe causa uma dissidência interna, um questionamento, seguido várias vezes por uma auto-censura. Apesar disso, o herói tem seus princípios: não mata, sempre procura ver os dois lados de um conflito, evita o estímulo e a provocação de vinganças, não se julga acima do bem, do mal nem de ninguém. E suas dúvidas e reflexões não o impedem de agir na hora certa, em tempo real, usando sua agilidade e esperteza para subjugar seus adversários. Seu discernimento é bastante intuitivo, contudo baseado em fatos incontestáveis, como sua audição que detecta os batimentos cardíacos de qualquer um, verificando, pela aceleração, se a pessoa mente ou não.



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