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Caio 3D - O Essencial da Década de 70
(Caio Fernando Abreu)

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E m Caio 3D - O Essencial da Década de 70, o leitor tem uma amostra dos extremos da experiência pessoal e literária de Caio Fernando Abreu, que forjou uma obra que retira do lixo o belo e se norteia pelos sabores das relações humanas. Além de contos escritos entre 1962 e 1977, a maioria reunida na seleta Ovelhas Negras (1995), Caio 3D traz as poesias Oriente, Press to Open e Alento, revelando uma vertente menos conhecida de sua obra, muito embora a linguagem poética tenha sido umas das marcas mais fortes da sua prosa. O livro reúne depoimentos do autor retirados de entrevistas e cartas enviadas à mãe e amigos, como a escritora Hilda Hilst e a médica Vera Antoun. Mesmo com a intimidade devassada pela correspondência, são em contos como O Mar Mais Longe que Eu Vejo ou Itinerário que o autor permite que se tornem evidentes seus subterrâneos. A exumação dos sonhos de paz e amor hippie, um de seus temas recorrentes, aparece com mais força nos retalhos do diário escrito durante sua estada londrina em 1974, resgatado com toques de ficção no conto Lixo e Purpurina. Fome, frio, humilhação dão os tons dos dias do exílio.Os caminhos da carne e a segmentação social das emoções humanas foram temas recorrentes da obra de Caio. É verdade que a orientação sexual do autor muitas vezes ganhou mais destaque do que sua obra. Abreu descreveu como ninguém a entrega entre seres que vivem e gozam, urgentes. Corpos que se descobrem, em si ou em corpos alheios, como nos contos Anotações sobre um Amor Urbano, Paixão Segundo o Entendimento e Inventário do Ir-remediável. Caio Fernando Abreu trabalhava com o conceito da indiferenciação entre homossexuais e heterossexuais. Ele dizia: “não acredito em homossexualidade ou heterossexualidade, acredito em sexualidades. A sexualidade humana é muito ampla e pode se realizar de mil maneiras diferentes.” Em nenhum momento de seus livros Caio Fernando Abreu afirma a homossexualidade como algo alegre e prazeroso. O que ele faz com a questão da homossexualidade é diluí-la entre todos os problemas do ser humano, como a angústia diante da solidão e a necessidade de enfrentamento das forças conservadoras para se alcançar a liberdade.A leitura de Caio 3D permite desvendar um pouco do autor muitas vezes tido como sombrio, talvez por tangenciar com freqüência a morte ou outras formas menos sublimes de redenção. Uma redenção que, no caso de Caio, se pautou pelo cultivo de rosas de que cuidava “arrancando das coisas, com as unhas, uma modesta alegria”.



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