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Ficar e namorar
(Monique Vieira Botelho)

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Ficar ou namorar?[BR]
A adolescência é caracterizada pelas transformações biológicas e pela busca da definição de um papel social determinado pelos padrões culturais do meio. É um período compreendido como fase de transição, tempo em que o indivíduo não é mais criança nem tão pouco é adulto. É nesta época que começa a haver, para jovens de ambos os sexos, um interesse pelo sexo oposto. As meninas fazem jogos de sedução para testar suas novas habilidades. Nada diferente dos pavões, os meninos, por não atraírem somente pelo físico, se "pavoneiam" para as meninas buscando chamar atenção para si. Como qualquer macho de outra espécie espera ser escolhido. Até aqui nenhuma novidade, é assim desde tempos imemoriais, jovens namoram.[BR]
O namoro tem uma função clara de treinamento para o modelo de comportamento masculino e feminino que se espera que cada um de nós cumpra. Na atualidade, freqüentemente o namoro vem sendo precedido de uma forma única de comportamento denominada "FICAR".
O "ficar" começou a ser praticado entre os jovens em meados da década de setenta, especialmente nos grandes centros urbanos, difundindo-se mais tarde a praticamente todos os locais onde existam adolescentes. Consiste num contrato informal mútuo de companhia, onde os jovens "ficam" juntos durante um determinado período, trocando experiências e aprendendo os princípios mais elementares da convivência e da afetividade.
Geralmente o "ficar" implica em falta de compromisso de continuidade, sendo comum que adolescentes que "ficaram" em uma festa, por exemplo, nem se falem no dia seguinte. Estudiosos afirmam que este comportamento constitui em importante forma de aprendizado social, afetivo e sensorial. Iniciando usualmente entre os 13 ou 14 anos, não é mais praticado após os 16 ou 17 anos, quando a maturidade afetiva do jovem quase sempre pede formas mais duradouras de relacionamentos.[BR]O que é mais curioso é que no meio dos adolescentes onde este comportamento é praticado os/as adolescentes que "ficam" com muita freqüência não são bem vistos entre os seus pares, que por vezes até atribuem apelidos pejorativos (para os meninos galinha, para as meninas meiga linha etc.)


No namoro, quer seja precedido pelo "ficar" ou não, já existe um certo compromisso maior entre as partes, já se tem um certo grau de fidelidade que não é esperado do "ficar".
O namoro é um período onde se testam, além dos papéis, a capacidade afetiva e até erótica de cada um. É no decorrer do namoro, na medida em que ele vai se firmando, que os jovens vão se reassegurando do afeto e da atração mútua e, embora não seja obrigado essa trajetória , pode levar até mesmo a uma união mais estável, nos moldes tradicionais.
Uma fonte de dúvidas entre os adolescentes é o momento certo de passar do "ficar" para o namorar. Como já foi dito, o "ficar" ocorre mais freqüentemente numa fase de natural imaturidade, acima dos 13 e abaixo dos 17 anos. Nesta época seria pouco esperável que os jovens já tivessem alcançado a maturidade afetiva para desejar um compromisso mais duradouro. Só existem motivos para preocupação se o/a jovem continuasse a querer apenas "ficar" após os 17 anos, idade em que a maioria já se estabeleceu a maturidade afetiva necessária para namoros mais duradouros.
Muitas vezes a dúvida do/da jovem diz respeito ao temor da não aceitação familiar da pessoa com quem se namora. Embora esse fato seja mais marcante entre moças, mesmo rapazes podem expressá-lo.
Não é regra, mas algumas famílias, numa possivelmente distorcida expressão de amor, tentam direcionar os sentimentos dos jovens para alvos socialmente mais aceitáveis. Um fato relevante é a tendência contestatória natural dessa fase da vida, o proibido é quase sempre mais gostoso! Assim, na maioria das vezes, a melhor receita para uma família incentivar um relacionamento entre adolescentes é proibi-lo.
A solução sempre será o diálogo. Permitam-me explicar o óbvio: diálogo é quando as partes falam e ouvemcom mente aberta, procurando entenderem-se. Dialogo não é: "eu falo você ouve..., eu sou o pai..., eu é quem mando..., você tem que me obedecer... etc" Os familiares devem colocar com clareza os seus motivos e levarem os jovens a pensar seriamente nos motivos apresentados. Os jovens devem ponderar sobre estes motivos. Sabemos que é difícil abrir mão quando se quer muito, mas sempre deve-se priorizar o lado racional da situação.
[BR]



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