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Deus
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DEUS



Durante a vida, nos acostumaram a cultuar um Deus criado pelo homem à sua imagem e semelhança e, com isto, nos impediram de cultuar o verdadeiro Deus.


Esta compreensão me ficou nítida quando me deparei com a abordagem que Gabriel Flamens faz a respeito de Deus, em seu livro “Essencial”:

“Deus é o nome que usais para designar, para traduzir para a vossa linguagem, algo que sentis e sabeis existir, mas que não podeis compreender.”

Com esta forma de se referir a Deus, Gabriel Flamens dá-nos conta da existência de um Ser cuja grandeza ultrapassa os limites da capacidade humana de compreendê-lo e, conseqüentemente, de explicá-lo, de defini-lo, de lhe atribuir qualificativos, por mais virtuosos, grandiosos e enobrecedores que sejam.



Mais adiante, ainda no mesmo capítulo do livro “Essencial”, o autor acrescenta: “Nisso, tentais criar uma imagem de Deus, tentais reduzi-lo à vossa dimensão humana. Laborais em erro ao proceder assim e, conquanto seja uma necessidade para o nível em que vos encontrais agora, compreendereis por vós mesmo, ao vos libertardes dessa dimensão, que Deus é indefinível por palavras...”.



Esta segunda referência a Deus coloca-nos diante de um desafio difícil de ser vencido e até contém um certo contorno de paradoxo. Laboramos em erro ao tentar reduzir Deus à nossa dimensão humana, mas temos necessidade disso. E agora, que alternativa o autor nos oferece? Como não errar se ainda estamos num nível em que precisamos do erro?

Uma leitura mais atenta, em que esteja presente o propósito crítico-analítico, fez-nos compreender que o autor, longe de pretender nos colocar num beco sem saída, nos faz um chamamento à realidade e, mais do que isso, à possibilidade que temos, cada um em si mesmo, de superar o limite em que se encontra e nos incentiva a empreender esta conquista.



Confesso que resisti muito, não queria aceitar este entendimento, incomodava-me ver contrariado um modelo de relação com Deus que me era confortável. Afinal, desde a minha infância aceitei com naturalidade e, por que não dizer? Até com certo orgulho, o entendimento que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Logo, como sou homem, sou semelhante a Deus e esta semelhança não se restringe às virtudes que devo cultivar, refere-se também à minha imagem, ou seja, à minha aparência física e, com base nesse entendimento, passei a cultuar Deus, mentalizando-o semelhante a um homem e, por conseguinte, semelhante a mim!!!???...



Cresci e alcancei a idade adulta, cronologicamente falando, empenhado em conduzir a minha vida dentro dos padrões de virtude que me acostumei a atribuir a Deus: amor, caridade, bondade, honestidade, sinceridade, verdade, etc. e até fiquei exultante quando me deparei com a frase: “Deus é Fiel”.



A afirmação do Gabriel Flamens de que “Deus é indefinível por palavras...” deu um choque no meu entusiasmo e me fez rever alguns conceitos a respeito de Deus, inclusive os do texto bíblico que falam em Deus da Guerra, Deus da Fartura, Deus da Paz, Deus dos Senhores de Escravos e tantos outros de natureza idêntica, e isto conferiu sentido à primeira afirmação do Flamens citada neste texto. Ao refletir sobre ela, compreendi o acerto que contém e o convite à introspecção que encerra. Confesso que fiz isso sem me importar com a explicação racional do seu significado, assim meio numa atitude mental do tipo “não tentar entender, deixar fluir...”.


Foi só aí que me dei conta de que até aquele momento eu nunca tinha cultuado Deus e sim as idéias que o homem concebeu, através de sua evolução histórica, a respeito de Deus.

Aí pude obter a resposta consagradora: Deus existe e atua decisivamente em nossas vidas, quer o denominemos de Deus, ou de Jeová, ou de Alah, ou de Cristo, ou de Buda, ou de Maomé, ou seja qual for o nome que o homem atribua a esse Ser que simplesmente É, e não é diferente por causa do nome que o homem lhe atribuir, nem mesmo se não lhe atribuir nome algum.



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