Freud, o pai da psicanálise
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
Quando tinha 7 anos de idade viu o pai dizer que ele (Freud) nunca seria nada na vida. Lembrou-se dessa frase só aos 41 anos. Um cientista e médico fascinado pelos mistérios do psiquismo humano. Se auto analisando, chegou a conclusão que para se defender dos fantasmas do passado, ele havia transformado a própria infância em uma paisagem nublada, quase irreconhecível. Sem querer, passara a vida tentando impedir que aquilo que lhe parecia uma profecia paterna se cumprisse. Aos 17 anos já estava na Universidade de Viena, como estudante de medicina, movido por uma enorme vontade de saber. Seus interesses intelectuais o puxavam para vários lados. Decidiu-se pelo curso de fisiologia. Nasceu em 6 de maio de 1856 em Pribor, República Checa. Concluiu seu curso de medicina aos 22 anos em 1882. Fez importante pesquisas sobre a medula e também sobre os efeitos do uso da cocaína. Nessa época a droga não era proibida e por isso ele era um consumidor. Interessou-se intensamente pelo fenômeno da histeria, área onde já haviam sido realizadas experiências mediante o uso da hipnose. Para a psiquiatria ortodoxa da época, a histeria era somente uma falsa doença. Mulheres histéricas eram vistas como fingidoras e o médico, charlatão. Mas ele levou a doença a sério. Utilizando-se da hipnose, com a colaboração de um assistente, conseguiu que uma de suas pacientes recordasse cenas traumáticas que haviam desencadeado a neurose, verificou que a simples narração destas produzia o alívio imediato dos sintomas. Tal procedimento, adotado repetidas vezes em tratamento persistente, levou a eliminação de praticamente todos os sintomas. Uma de suas controvertidas contribuições ao conhecimento humano foi a idéia de que a sexualidade começa antes da puberdade. Enfrentou com determinação a hostilidade dos meios conservadores a suas idéias. Acordando as 7 da manhã após rápida olhada nos jornais, atendia seus pacientes a partir da 8h. Cada sessão durava exatamente 55 min. Teve câncer na boca, provavelmente causado pelos 20 charutos que fumava por dia. Sofreu 33 operações. Em Londres passou seus últimos meses trabalhando quase até o fim. Seu derradeiro livro, Moisés e o monoteísmo, foi concluído em 1939; em 23 de setembro daquele ano ele morreu. Seu corpo foi cremado e as cinzas guardadas numa urna grega de sua coleção e encontra-se até hoje no cemitério judaico de Golders Green.
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