Fernão Capello Gaivota
(Richard Bach)
Fernão Capello Gaivota é uma belíssima história metafórica. Conta a saga de uma gaivota, Fernão, que, diferente dos demais de seu bando, tinha o desejo de voar muito alto, em grande velocidade. Enquanto seus pais e demais membros de sua comunidade viviam a se preocupar com a sobrevivência e a reprodução, Fernão passava horas e horas a treinar seus altos vôos. O bando, não aceitando o comportamento de Fernão, por considerá-lo rebelde, resolve, numa reunião de anciãos, baní-lo para sempre. Ele, extremamente só, continua seus treinos e procura conhecer, em sua liberdade, todos os lugares possíveis do mundo. Um dia, em grande altura, é visto por um condor, que não admite a intrusão em seu espaço e o ataca de forma violenta. Fernão, machucado, não desiste. Esta não seria a primeira nem a primeira e nem a única vez que sofreria embargos na vida que escolhera. Num de seus mergulhos, em altíssima velocidade, machuca-se, seriamente, e, em cima de um pedaço de madeira, vai sendo levado pelo mar à deriva. Durante este tempo, reflete muito sobre a vida que vem levando e chega à conclusão que, talvez, não seja próprio das gaivotas viver como escolhera. Promete, então, voltar à "normalidade". Entretanto, seu espírito é muito altaneiro e persistente para desistir. E, assim, ele se recupera e continua até morrer de cansaço e velhice. Pensa, porém, que está apenas dormindo. E, quando acorda, é novo, outra vez, com todo o vigor da juventude, mas com a sabedoria que a vida lhe dera. Encontra Maureen, que se diz uma companheira de muitas vidas e que lhe explica a situação atual, que ele não houvera, ainda, compreendido. Mostra-lhe que o seu anseio, como de tantos, é chegar à perfeição, à altura da Grande Gaivota. Aparece-lhes Schang, um mestre, com o qual ele adquire grande sabedoria. Um dia, este mestre se despede, dizendo-lhe que ele deve voltar à antiga dimensão para, também, ser um mestre. Maureen se despede, logo depois, explicando-lhe que a vida é uma eterna despedida. Fernão volta e encontra uma gaivota bastante semelhante a si: rebelde e ansiosa por altos vôos. É Francisco Coutinho. Ele voa com Francisco e ensina-lhe tudo que aprendeu. Já estavam a chamá-lo de Filho da Grande Gaivota e os anciãos pensavam em banir Francisco, assim como Fernão foi banido um dia. Já muitas das jovens gaivotas pensavam que, talvez, Francisco estivesse certo. Entretanto, diante, de todos, Francisco, querendo provar que estava certo, voa em grande altitude e mergulha em uma velocidade talvez semelhante à velocidade da luz. No seu caminho, porém, encontra uma gaivota-bebê, à procura de sua mãe. Tentando desviar-se dela, Francisco vai de encontro a um penhasco e se espatifa no chão. Os anciãos, contentes, mostram que estavam com a razão e os jovens temerosos resolvem contentar-se com a vida medíocre do bando. Francisco, no entanto, assim com Fernão, seu mestre, aprende tudo sobre a vida espiritual e resolve voltar à terra para poder ensinar àqueles que quisessem aprender. E a vida prossegue em seu eterno ciclo.
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