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Gerenciamento de Desastres
(Luiz Carchedi)

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Desde que passou a viver de forma gregária, organizado em sociedade, o ser humano defronta-se com os cataclismas da natureza que, em maior ou menor grau, causam devastação, danos e perdas materiais e de vidas. Modernamente, vivendo em complexos aglomerados urbanos e com a crescente industrialização, os países desenvolvidos e em desenvolvimento, vêem-se às voltas com desastres naturais ou tecnológicos, cujos efeitos destrutivos foram potencializados porque o acidente, às vezes, não se restringe tão somente à área imediatamente ao alcance de sua influência, mas tem o poder de atingir até as futuras gerações, na medida em que atuam modificando o meio ambiente.

Conscientes dos incalculáveis prejuízos que esses acidentes provocam, os países mais organizados estudaram e criaram estruturas administrativo-operacionais para a prevenção, enfrentamento e minimização dos resultados de catástrofes naturais e tecnológicas em seus territórios e, não raro, esse aparato se desloca para fora de suas fronteiras para socorrer nações com menores recursos e golpeadas por desastres de grande magnitude.

No final do século passado e no início do atual, estamos testemunhando o nascimento de uma nova e mais virulenta forma de ameaça à humanidade. São os atentados terroristas, como o que atingiu Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, destruindo as torres do World Trade Center, que podem gerar massivas perdas de vida e profundos danos ao meio ambiente, através do emprego de armas portáteis NBC (nucleares, biológicas e químicas). Essa nova forma de desastre tem consumido o tempo de especialistas e pesquisadores na busca de soluções para fazer face aos novos desafios.

O Brasil, infelizmente, está no grupo dos países que pouca importância dá aos problemas dessa ordem e que carecem de uma cultura prevencionista para enfrentamento de emergências de grande complexidade. O último exemplar do relatório decenal-92/02 (World Disaster Report – Foco na Redução dos Riscos) da Cruz Vermelha Internacional, aponta nosso país como “campeão” das Américas, em mortes causadas por desastres naturais. Ficamos a frente também de países como: Afeganistão, Coréia do Norte, Moçambique, Tanzânia e Sudão (Jornal da Tarde-SP, de 17/07/03). Como explicar que um país tão privilegiado pelo Criador, onde praticamente não existem cataclismas naturais, possa ter mais vítimas de catástrofes que países não tão bem aquinhoados e que constantemente sofrem com terremotos, tsunamis, furacões, etc.
Nosso sistema de Defesa Civil é praticamente inexistente, sendo deslocado de Ministério em Ministério, sem conseguir imprimir um modelo eficiente de proteção à população civil. Exemplos, temos todos os anos, destacando-se o grande incêndio florestal em Roraima em 1998 e o desabamento do Osasco Plaza Shopping, em São Paulo, em 1996. Nesse campo de atuação não há espaço para improvisações. Se não houver uma estrutura federal bem equilibrada administrativa e operacional, bem como o desenvolvimento de uma cultura prevencionista, estaremos condenados a ficar lamentando perdas de grande monta de vidas humanas, do meio ambiente e do patrimônio.



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