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EDUCAÇÃO: SINÔNIMO DE LIBERDADE
(Dennys Robson Girardi)

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Uma das grandes preocupações de Paulo Freire, foi elaborar uma educação que servisse para a conscientização. Ou melhor, foi conscientizar a partir da educação, para que o aluno se redescubra como o sujeito da própria história e não como mero objeto do sistema educacional. Com esta educação o homem pode resgatar seus valores e sua dignidade. No entanto, conscientizar não significa de nenhum modo ideologizar, propor palavras de ordem que sirvam como simples idealização de liberdade. Ao contrário disso, conscientizar é um processo educacional muito mais concreto e real, que tem como objetivo fazer com que o aluno busque sua autonomia e sua independência, crie possibilidades para se desenvolver na história como um ser livre, reencontrando em si mesmo o sentido, o valor e a essência primordial de sua existência. Já que educação é algo que nasce com o ser humano, conscientizar é uma forma de educar. Talvez a melhor forma que se pode conhecer, a tarefa educativa de um país que busca o desenvolvimento como o Brasil, deveria ser um profundo esforço para desenvolver em todos os cidadãos processos de conscientização, socialização e participação nas responsabilidades. Entendemos por conscientização o processo em que o homem desenvolve e aperfeiçoa sua faculdade específica: a consciência. Ora, consciência significa o poder específico do homem de refletir sobre si mesmo, de conhecer-se: é a autoconsciência, que, por sua vez, visa a liberdade como autonomia do homem em si. A educação faz parte da natureza humana. Portanto, não se trata de criar um método de conscientização. Basta que o próprio processo educativo seja conscientizante. Também não é necessário que a educação seja visada diretamente, basta que ela não seja inibida ou obstaculada. A conquista à liberdade não é possível a não ser através da conscientização e acrescentamos da socialização. O indivíduo, para usar bem de sua liberdade e iniciativa pessoal, deve dar-se conta que não vive isolado, mas em conjunto, integrado em diversos grupos e comunidades. Não vale a pena insistir aqui sobre a tese bem conhecida de que o homem é por natureza social, e não somente porque precisa de outros para existir e realizar-se, mas por uma tendência inata e insuprimível, tanto que Aristóteles chegou a dizer que o homem é de tal forma animal político, que aquele que se isolasse voluntariamente do convívio social ou é uma besta ou um deus. O ponto crucial da educação é justamente formar no homem uma visão total e plena de sua própria participação no espaço e no tempo. Mais do que isso, é fazê-lo perceber-se maior que todas as "fórmulas" existentes, não devendo assim tornar-se por elas um ser reduzido. A educação busca através de uma análise de investigação, encontrar dentro do próprio homem um espírito criador que o eleva ao nível de seu criador. Faz isso com um objetivo ainda maior, que é revelar-lhe que somente ele, o homem, pode atingir um alto grau de perfeição. Deixemos claro, entretanto, que não falamos de um sentido espiritual. Mas, que o ser humano por sua capacidade de influência e dominação, torna-se o "senhor de seus próprios passos". Isso seria o mesmo que dizer que o homem possui plena e total liberdade para decidir sobre sua existência. Portanto, a liberdade do homem não depende de ninguém, a não ser dele mesmo.



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