Libertinagem
(Manuel Bandeira)
É o primeiro grande livro de Bandeira, cheio de novidades, como os poemas-piada com toques de humor negro, como o conhecido “Pneumotórax”, que fala das frustrações como ‘da vida inteira que poderia ter sido e não foi’. Em “Último Poema” o poeta nos conta suas metas literárias: atingir a simplicidade e a intensidade extrema, o que realmente conseguiu em seus mais bem elaborados poemas. É mestre em usar os elementos do cotidiano e a linguagem concreta, traduzindo sentimentos em imagens, como na passagem: ‘o ruído de um bonde/cortava o silêncio/como um túnel’. Seu mais famoso poema foi também o de gestação mais longa (segundo o autor, levou anos até que um dia saiu pronto), o ‘Vou-me embora pra Pasárgada’, um desabafo feito inicialmente em momento de profundo desânimo, o desejo de uma utopia, um lugar onde todos os desejos pudessem ser satisfeitos, mesmo os amorais. Todos os poemas do autor são eivados de ternura e cheiram à inocência, mesmo nas conotações eróticas. Nas palavras do autor: ‘poesia, minha vida verdadeira’.
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