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Efeito aquecimento, 2ª Parte
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)

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Não se trata, porém, de um cenário apenas de restrições. Os riscos alardeados por embaixadores do aquecimento global, como o ex-vice-presidente americano Al Gore, estão abrindo um novo caminho de oportunidades de negócios. Uma leva de investidores está colocando bilhões de dólares em novas empresas do segmento de energias renováveis em várias partes do mundo — inclusive no Brasil. Alguns países estão empreendendo esforços para mudar a base energética de suas economias e aumentar o aproveitamento das matérias-primas por meio de programas gigantescos de reciclagem. Grandes corporações em todo o mundo estão economizando outros bilhões de dólares ao mudar a maneira como lidam com recursos como água e energia. Veja alguns números aqui.
Um novo e pujante mercado de créditos de carbono começa a ganhar relevância.
O que se vê hoje são sinais de que o cenário do aquecimento global está fazendo emergir uma nova economia. A ruptura mais estrutural é o esforço de nações inteiras, como a Alemanha, para mudar a base energética de combustíveis fósseis — que sustentou a expansão da economia mundial desde a Revolução Industrial — para alternativas renováveis. De acordo com o instituto de pesquisa New Energy Finance, os investimentos mundiais em toda a indústria de energia renovável chegaram a cerca de 60 bilhões de dólares em 2006 — o dobro do volume aplicado em 2004. Analistas acreditam que os negócios que envolvem energia limpa deverão crescer de 20% a 30% por ano nas próximas décadas em todo o mundo. (Alguns desses dólares estão respingando também no Brasil. Recentemente, o grupo português HLC anunciou que destinaria 2,5 bilhões de reais para a construção de uma usina de energia eólica no Nordeste brasileiro. )
O mercado de crédito de carbono também começa a movimentar cifras impressionantes. "A gestão do balanço energético dentro das empresas começa a se tonar tão relevante quanto a gestão do balanço financeiro", disse a uma revista de circulação nacional. Rafael Marques, vice-presidente da Bolsa do Clima de Chicago, a primeira do mundo a negociar créditos de carbono. Em recente artigo publicado pela Harvard Business Review, o americano Michael Porter, um dos maiores especialistas em estratégia empresarial da atualidade, mostra que o conceito de sustentabilidade — que se apóia nos aspectos ambiental, social e econômico-financeiro — deve ser visto como uma oportunidade de negócio e ser levado ao centro da estratégia das companhias.
Algumas empresas já começam a ocupar esses novos espaços. A japonesa Toyota é um dos melhores exemplos. O modelo Prius, lançado em 1997, com motor que funciona com base em um sistema híbrido de eletricidade e gasolina, conseguiu não apenas diminuir a emissão de gases tóxicos como também garantir à montadora uma enorme vantagem competitiva.
Segundo ele, a ruptura causada pelo aquecimento global pode representar uma fonte de inovação e de vantagem competitiva. Os ingredientes necessários para a criação de uma nova economia estão todos aí.



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