BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Esse tal de jazz
(John Lester)

Publicidade
Desde que me entendo por gente, ouço dizer que o jazz morreu. Foi assim até mesmo durante o parto do pobre coitado: jornalistas brancos em seus jornais cinzas diziam que essa música negra, medíocre e indecente não duraria muito. Isso foi por volta de 1917. O mesmo ocorreu quando Jelly Roll Morton utilizou cores caribenhas em seus arranjos, ou quando Louis Armstrong fez sua famosa introdução virtuosa em West End Blues, ou quando Dizzy Gillespie trouxe congas de Havana e misturou com o bebop de New York. Nem vou falar de quando Miles Davis gravou Bitches Brew com guitarristas de rock. O jazz sempre foi assim, um sobrevivente, um absorvente, um sedutor. Uma lata de lixo de onde brotavam as flores de Lady Day. Nada mais natural que o tal do jazz agrade a tantas pessoas, ainda que elas nem saibam o que estão ouvindo. Meu medo maior é viver uma época em que o jazz está aí, como diria Heidegger com seu dasein, e eu não o perceba no mundo. E, não me refiro à uma percepção estruturada. Quando a explicação científica do que é jazz não é possível, devemos decidir com o sentimento. Até porque, dizer que o verde da árvore é devido à clorofila, retira a beleza da coisa. Sendo assim, para quem não pode estar lá, ao vivo, no Tonic Club, ouvindo o baixista Christian McBride e sua banda, segue no Gramophone Jazzseen uma pequena jam de 33 minutos de muito groove, funk, rock, soul, rap e improvisos, ou seja, 33 minutos de jazz. Ou não ? . .



Resumos Relacionados


- Bud Powell: A Portrait Of Thelonious

- Elas Também Tocam Jazz - Shirley Scott

- Jelly Roll Morton - Inventor Do Jazz

- Circle

- Larry Young



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia