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Hipnotismo! verdade ou mentira?
(Dorival L. Assis)

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HIPNOSE O hipnotismo originou-se do magnetismo animal, cujosfenômenos foram expostos doutrinariamente, pelaprimeira vez, por Mesmer, em 1774. Mais tarde, outroautor, Braid, atribuiu esses fenômenos à sugestão. Eassim nasceu o hipnotismo científico. Como se sabe, o estado hipnótico é um estado análogoao do sono. Note-se, porém, que há graus diversos nahipnose. Ela vai, com efeito, de uma simplessonolência até ao perfeito sonambulismo. Como definir o estado hipnótico? ?Dá-se este nome,escreve Jolivet, a uma espécie de sono anormal cujaprofundeza é variável, e durante o qual o sujeito selevanta, escreve ou fala, isto é, realiza o seu sonho.- Distinguem-se o sonambulismo natural ou espontâneo,estado patológico que em geral se desenvolve no cursodo sono, e o sonambulismo artificial ou provocado, queé uma forma do estado hipnótico, caracterizado pelofato de se poder conversar com o sujeito, que, de seulado, pode apresentar, para um observador inadvertido,a aparência de uma pessoa normal e perfeitamenteacordada. - Quanto à natureza do sono hipnótico, écoisa bastante incerta. O ponto mais difícil está emexplicar a relação do hipnotizado com o hipnotizador?.?Verificam-se regularmente, informa P. Janet, nopensamento dos indivíduos que, por uma razão ou poroutra, tiveram período de sonambulismo, trêscaracteres ou três leis da memória, que lhes sãoparticulares: 1) esquecimento completo, durante oestado de vigília normal, de tudo o que se passoudurante o sonambulismo; 2) lembrança completa, duranteum novo sonambulismo, de tudo o que se passou duranteos sonambulismos precedentes; 3) lembrança completa,durante o sonambulismo, de tudo o que se passoudurante a vigília. A terceira lei apresenta maisexceções e irregularidades que as outras?. Mas o que mais importa assinalar aqui (em vista doaspeto moral das ações violentas) é o seguinte: 1) Na hipnose ou estado hipnótico, há supressãoou, pelo menos, diminuição da consciência. Assimsendo, o paciente - ora mais, ora menos - deixa de serdono de seu eu: deixa de governar-se a si mesmo, depossuir-se a si mesmo e de dispor de si mesmo. 2) A hipnose faz, não só dormir, mas também agir.E, o que é mais grave, agir por ordem ou sugestão dohipnotizador, nem sempre um indivíduo de consciênciareta e de vontade boa. 3) A prática da hipnose costuma degenerar-se emabusos de ordens diversas, notadamente no chamado?hipnotismo de palco?, onde, comumente, se transformaem espetáculo, do qual o paciente é o artista, e ooperador, o charlatão. Quanto aos objetivos, outro ponto que não se podedeixar de ressaltar, a hipnose costuma ser usada: 1) Como método psicológico, isto é, como processode investigação do universo psíquico do homem(processo um tanto aparentado com o da psicanálise); 2) Para fins terapêuticos (inclusive, eprincipalmente, como substituto dos métodos comuns deanestesia); 3) Em processos judiciários (caso mais raro doque os demais); 4) Como simples passatempo de desocupados. Valedizer: como brincadeiras de mau gosto. 5) Como meio de vida de muitos charlatães ecurandeiros. Convém notar que estes, os curandeiros,nem sempre agem de má fé. NARCO-ANÁLISE A hipnose não constitui o único processo com que seconta hoje para alterar profundamente a consciênciahumana e desvirtuar o sentido de sua liberdade.Semelhante resultado obtém-se também com aadministração de narcóticos. Daí a chamada narco-análise, de que tanto têm abusado,diga-se logo, os regimes totalitários modernos, com afinalidade de liquidar ?os inimigos do povo?(entenda-se: inimigos da classe dirigente do povo ounova classe, no dizer de Milovan Djilas). Em que consiste propriamente a narco-análise? Segundo Leandro Canestrelli, ?a narco-análise consistenuma forma especial de interrogatório, sob a ação deuma substância hipnótica (chamada vulgarmente ?soro daverdade?), que, injetada em doses calculadas, por viaendovenosa, favorece a revelação de atitudes ouconteúdos mentais, que o indivíduo, quando em estadode consciência clara, mantém ocultos, intencional ouinconscientemente?. Deve-se ao ginecologista House a denominação de ?soroda verdade? às drogas ?faladoras?, entre elas, opentotal e a escopolamina. No que respeita aosobjetivos, a narco-análise costuma ser empregada empsicoterapia e em ação judiciária. Narco-análise e ação judiciária Em ação judiciária, como meio de prova, o emprego danarco­-análise é muito discutido entre os juristas. Oproblema da liberdade dos meios de prova envolve adebatida questão do emprego da narco-análise, nasperícias criminais. Médicos e juristas de numerosospaíses têm discutido intensamente o tema. Entre nós, Roberto Lyra, apregoa o uso danarco-análise, para fins criminais. Flamínio Fávero,Nelson Hungria e outros, mostram-se radicalmentecontra a aplicação do método. Os autores que apregoama adoção da narco-análise, na justiça penal, fundam-seno caráter cientifico, desse meio de prova. As causasde erro, afirmam, são mínimas. O verdadeiro culpadoconfessa o delito; o inocente nega-o. O que parece, todavia, inspirar esses autores é o altoe nobre propósito de, com a narco-análise, coibir asviolências e arbitrariedades das políciascontemporâneas . Heinrich Kranz, situando a questão à luz dapsiquiatria, acentua que o método é inseguro; que sãoduvidosas as declarações de quem se acha em estado deperturbação da consciência; que a interpretação dessasdeclarações produz erros e inexatidões... A posição doilustre psiquiatra alemão é tão radical que chega aoexagero de negar as vantagens do método como meio dediagnóstico.. . O Direito Penal moderno (inclusive ofrancês) não rejeita o uso da narco-análise (diga-se:narco-diagnóstico) para fins psiquiátrico-criminais.



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