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 O bom sexo
 
 
 
 A plenitude do relacionamento sexual ocorre em uma relação estável, prega mestre em Tantra Yoga
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Alexandre Perlingeiro*
 
 Tendemos a excluir o sexo de nossa dimensão humana total, inteira.
 Podemos estar infelizes, mas buscamos nos satisfazer sexualmente com
 parceiros temporários, uma masturbação a dois. Não que haja problema na
 masturbação, pelo contrário. O problema reside exatamente em tornar
 esse momento algo mecânico para satisfazer nossos instintos
 (necessidades) e evitando entrar em contato com emoções bem mais
 sublimes.
 O sexo, que deveria ser algo profundamente íntimo, torna-se
 motivo de distanciamento e separação. Transamos para não aprofundar a
 relação, ou seja, para não conhecer verdadeiramente o outro - e a nós
 mesmos.
 
 A plenitude do relacionamento sexual ocorre em uma relação estável.
 Muitos casais optam pela separação quando percebem que o
 sexo tornou-se algo morno, burocrático. Exigimos do nosso casamento que
 seja eternamente um vulcão em erupção. Não basta o orgasmo, queremos um
 hiperorgasmo. Acabamos por interromper o processo de aprofundamento da
 relação que ora se iniciava e saem à procura de outro vulcão. Paixão.
 Estamos famintos de paixão. Queremos intensidade contínua e eterna!
 
 No entanto, é possível ser contínua e eternamente intenso? Que chatice!
 
 A plenitude do relacionamento sexual ocorre em uma relação estável.
 A maioria de nós, que jamais conseguiu estabelecer um
 vínculo duradouro, é incapaz de conhecer as dimensões bem mais
 abrangentes, inteiras, integradoras, completas e plenificantes de uma
 relação estável.
 Não fazemos idéia de como é prazeroso uma troca de olhares
 entre duas pessoas que convivem há 30, 40, 50 anos. Não temos condição
 de sentir o prazer de um toque - novo sendo o mesmo há tantos e tantos
 anos.   Como é o gozo aos 80 com a mesma pessoa sempre?
 
 É o amor que nos torna reis e rainhas. Sem o amor somos mendigos esmolando por migalhas de gozo.
 
 É o amor que permite que o sexo se aprofunde e se engrandeça sem cair na mesmice, no automatismo e na burocracia conjugal.
 É o amor que inclui a dimensão temporal no relacionamento e
 é exatamente o tempo, por nos colocar diante de nossa finitude, que nos
 torna grandiosos. Ao envelhecermos juntos, ao construirmos uma história
 em comum, ao descobrirmos o verdadeiro significado do que seja amar (e
 isso não ocorre em dias, semanas nem meses), adquirimos consciência da
 transcendência. Aquilo que nos extrapola e nos plenifica. Aprendemos,
 com o tempo, a gozar continuamente. O que antes era uma fração de tempo
 ganha a eternidade. O que antes era finito, torna-se infinito.
 
 A plenitude do relacionamento sexual ocorre em uma relação estável. A plenitude do relacionamento sexual ocorre com o amor.
 Bonito, romântico, mas quem já passou por isso sabe muito
 bem quão árduo e penoso é o caminho. É paradoxal, mas o prazer se
 engrandece no contato com o sofrimento. Não é para buscar sofrer, mas
 para deixar crescer, expandir, até encontrar o oposto. O prazer se
 refina com o tempo.
 
 A experiência nos torna mais seletivos. Ou seja, paciência e perseverança são exigidos a todo instante.
 A maioria opta por desistir, é mais fácil. E também nos
 contentamos com pouco. Se posso ter pouco sem esforço, para que o
 esforço para se ter muito? O hiperorgasmo nos basta. O Viagra dá conta
 de nossas necessidades. A plenitude é para (poucos) persistentes e
 determinados.
 
 A plenitude do relacionamento sexual ocorre em uma relação estável.
 
 
 
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