HPV e Cancer de Ùtero
(Antonio Felix)
A idéia de controle do câncer como uma questão de saúde publica, começou a ser defendida na década de 30, pelos pioneiros da Cancerologia no Brasil – um grupo não superior de 15 médicos, liderados pelo saudoso Prof. Mario Kroeft. Já naquela época, pleiteava-se junto às autoridades governamentais a colocação em prática de uma “ampla política sanitária de combate ao câncer” no país, capaz de priorizar ações de natureza preventiva e assistencial em larga escala, em detrimento a ações terapêuticas e individuais.
Porém, uma evolução afetiva nesse sentido só ocorreu em 1986, com a criação do Pró-Onco – um órgão especifico da Campanha Nacional de Combate ao Câncer e, principalmente, em 1991, quando o novo regimento do Ministério da Saúde a atribuir ao INCA, competências de órgão assessor, executor e coordenador da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
Na área da Prevenção, as ações para o controle do Tabagismo e outros Fatores de risco de Câncer levaram-nos a conquistas relevantes, como a capacitação de equipes técnicas em mais de três mil municípios; a definição das bases técnicas para o tratamento do fumante; a participação na Comissão Nacional para o Controle do Tabaco – que formulou a proposta brasileira apresentada na reunião de negociações da Convenção – Quadro para o Controle do Tabaco, na sede da ONU, em Genebra, Suíça. Também, e principalmente, nossa contribuição à aprovação da Lei 10.167, que passou a restringir a publicidade pela industria do cigarro nos meios de comunicação e garantirá mais qualidade de vida ao cidadão brasileiro.
12A partir daí, alguns fatores tem contribuído para a ampliação do papel nacional do INCA: o reconhecimento mundial de que o câncer deve ter sempre uma abordagem multidisciplinar; a orientação governamental que, nos últimos anos, permitiu ao instituto desenvolver, de forma coerente e integrada, ações em diferentes níveis para a prevenção e o controle do câncer, do estratégico ao operacional; a adoção de um estilo de gestão participativa pela Direção Geral do INCA, promovendo a coesão e incentivando a contribuições internas a esse trabalho; e a inclusão, pela primeira vez, das metas prioritárias do INCA no Programa de Prevenção e Controle do Câncer e Assistência Oncológia do Plano Plurianual 2000-2003.
A participação nesse Programa aumentou a responsabilidade do Instituto como órgão técnico-operacional do Governo Federal e conferiu-lhe maior visibilidade no cumprimento de sua missão. Missão que foi redefinida, juntamente com a visão Estratégica, para se adequar a este novo conceito de integração e visão nacional que permeia todas as atividades do INCA.O quadro sanitário em que se combinam doenças ligadas à pobreza, típicas dos países em desenvolvimento, e doenças crônico-degenerativas, características dos países mais afluentes. Essa situação reflete, inquestionavelmente, as contradições do processo de desenvolvimento do País.
Analisando-se as taxas de mortalidade das macrorregiões do Brasil, o câncer é encontrado em diferentes posições, mas sempre incluído entre as primeiras causas de morte, ao lado das doenças do aparelho circulatório, causas externas, doenças do aparelho respiratório, afecções do período peri-natal e doenças infecciosas e parasitárias.
Vale adiantar que, exceto pela Região Sul, as causas externas foram, em 1994, o segundo maior grupo de causas de morte, no Brasil, e que, na Região Norte, as afecções peri-natais constituíram, neste mesmo ano, a terceira causa de morte por doença, superando as doenças infecto-parasitárias e as do aparelho respiratório.
“Atualmente, o câncer se constitui na segunda causa de morte por doença, no Brasil, e, em 1994, as neoplasmas foram responsáveis por 10,86% dos 887.594 óbitos registrados, sendo que 53,81% dos óbitos por neoplasia ocorreram entre os homens e 46,05%, entre as mulheres.” (www.inca.org.br)
HPV é a abreviaturapara identificar o Papilomavirus Humano, causador do condiloma acuminado (do grego kondilus = tumor redondo, e do latim acuminare = tornar pontudo), também conhecido como crista de galo ou verruga venérea. Pode ainda ser responsável por doenças subclínica e estar associado a lesões pré-malignas ou mesmo a algumas neoplasias intra-epiteliais.
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13“O Papilomavirus Humano (HPV), é um tumor introduzido por um vírus DNA do grupo Papovavirus. São tumores que afetam principalmente a cabeça, pescoço e úbere, macroscopicamente, caracteriza-se por crescimento múltiplo de tamanho variável que se projetam na superfície da pele em forma de couve-Flor (sésseis) ou penduculados.” (I – Consenso Brasileiro De HPV – 2000)
Esse vírus, tem afinidade por mucosas, principalmente da região genital e pode provocar lesões na vagina, no colo do útero, no pênis e no ânus , às vezes, sob a forma de verrugas.
É transmitido, na maioria das vezes, por contato sexual, assim, uma das formas de prevenção é o uso de camisinha sendo mais freqüente em mulheres que iniciam sua atividade sexual mais cedo e mantém relações sexuais com muitos parceiros, sem proteção. A infecção que esse vírus causa, está algumas vezes relacionada ao aparecimento de câncer de colo de útero.
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