7 Soluções Utópicas, 2ª Parte
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
PROIBIR GRANDES SHOPPINGSA idéia: Grandes shoppings trazem grandes problemas de trânsito para a região onde são instalados, além de reduzir o comércio de rua. Uma forma de lidar com o problema é diminuir o tamanho dos centros de consumo e espalhar as lojas pelos bairros.
Em São Paulo, o projeto vencedor do concurso Bairro Novo, que propõe uma forma de ocupação de uma área de 1 milhão de m2 no bairro da Barra Funda, prevê que a região, hoje praticamente deserta, seja ocupada por casas que convivam em harmonia com pequenas lojas, em ruas sem postes, com fios elétricos enterrados, calçadas largas e que teriam saída para as grandes avenidas.
Onde já deu certo: Há 10 anos, quando os shoppings e as redes de hipermercados começavam a tomar conta dos subúrbios de Londres, o governo britânico resolveu limitar o tamanho dos centros comerciais nesses bairros mais afastados.
"As grandes redes se adaptaram. Em vez de construções gigantescas dominando toda a periferia, surgiram muitas lojas menores. As redes ainda estão em maioria, mas agora concorrem em condições de igualdade com pequenos comerciantes locais", afirma o urbanista inglês Richard Burdett, professor da London School of Economics e curador da Bienal de Arquitetura de Veneza.
4) CONSTRUIR TÚNEIS AQUÁTICOS PARA EVITAR ENCHENTESA idéia: Cidades surgem em torno dos rios porque precisam de água potável. Mas, quando o crescimento urbano toma o espaço das águas e as enchentes são inevitáveis, deixar o leito do rio mais fundo nem sempre é suficiente.
Quando o solo sob o rio é duro demais e pouco poroso, escavar o leito funciona apenas como um paliativo.
É por isso que o geólogo Luiz Vaz, professor visitante do Instituto de Geociências da Unicamp, propõe a construção de um túnel ao lado do rio Tietê, desde o Cebolão até as proximidades de Barueri. Nas contas do geólogo, parte da água do rio poderia ser desviada para um túnel de 37 quilômetros de comprimento, que correria sob o rio e desaguaria depois do final desse trecho de grandes enchentes.
A obra levaria dois anos e custaria nada menos que R$ 800 milhões, metade do preço da nova linha do metrô de São Paulo.
Onde já deu certo: O governo chinês está construindo dois túneis de escoamento sob o rio Amarelo, na cidade de Zhengzhou. Somados, eles terão 19 quilômetros de extensão e vão custar U$ 380 milhões. Além de evitar enchentes, os túneis vão despejar o excedente de água no norte do país, onde o solo árido dificulta a plantação de arroz.
Quem não tem tanto dinheiro prefere resolver o problema das enchentes com áreas verdes ou piscinões. Em São Paulo, o arquiteto José Eduardo de Assis Lefèvre sugere que a prefeitura transforme as regiões em torno das avenidas do Estado, Roberto Marinho e Aricanduva em grandes avenidas-parques ao lado de conjuntos residenciais.
Outra idéia, que já funcionou em Paris e em bairros de São Paulo, como o Pacaembu, é reter a água em piscinões para soltá-la devagar, logo depois que as chuvas param.
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