Haiti – A revolta ecoa no Caribe
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
Pouco antes da Revolução Francesa, a antiga colônia Santo Domingo era a mais próspera da América. Sustentada pela exportação de açúcar, melaço, algodão e rum para a Europa e EUA. As técnicas de exploração da terra eram as mais avançadas, entretanto, o sistema social era tão atrasado quanto o de qualquer quanto de qualquer colônia, baseado na escravidão. Ecos da Revolução Francesa levaram ás últimas consequências conflitos entre brancos , mulatos e negros, abrindo caminho para a primeira revolução de escravos e a primeira república negra da história.
Os grandes proprietários brancos eram uma oligarquia rica e poderosa com privilégios concedidos pelo rei francês. Os mulatos, as vezes ricos, não podiam se casar com os brancos. Negros livres e escravos, 99% da população eram a grande massa sem direito algum. Em 14 de agosto de 1791 os escravos se levantaram numa rebelião devastadora, incendiando canaviais, cafezais e engenhos, atcando residências e matando os senhores, mulheres e filhos a golpes de macete. Mesmo reprimida, a rebelião se estendeu até o ano seguinte, quando uma força militar francesa chegou á ilha trazendo um decreto que garantia igualdade de direitos. A travessia do atlântico naquela época levava um tempo capaz de dissolver as tentativas de solucionar a crise no Caribe. Um negro que sabia ler e escrever, o que era raro entre escravos, impunha a disciplina sem brutalidade. Com os brancos liquidados social e politicamente, os escravos comemoravam sua libertação, em 29 de agosto de 1793. Os franceses se renderam em novembro de 1803. Em janeiro de 1804, a ilha foi declarada independente, com o nome original de Aruaque de Haiti.
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