Atavismo, 3ª Parte
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
Genes silenciosos acumulam inúmeras mutações, o que pode torná-los inúteis. Então, quanto tempo um gene sobrevive em uma espécie se não é mais utilizado? A equipe estimou que existe uma boa chance de sobrevivência por mais de 6 milhões de anos em ao menos alguns indivíduos de uma população, e que esses genes podem conservar-se por mais de 10 milhões de anos. Assim, regressões são factíveis, mas apenas para esse passado evolucionário relativamente recente. Como exemplo possível, o time chamou a atenção para um tipo de salamandra do México e da Califórnia. Como muitos anfíbios, ela começa a vida em um estado juvenil de "girino" e depois passa pela metamorfose que a leva à forma adulta - exceção feita a uma espécie, a axolote, que vive toda a sua vida no estado juvenil. Uma explicação simples para isso é que a linhagem da axolote, sozinha, perdeu a habilidade da metamorfose, enquanto outras a retiveram. Entretanto, uma análise detalhada da árvore genealógica das salamandras deixou claro que outras linhagens se desenvolveram de ancestrais que haviam abandonado aquela característica. Em outras palavras: a metamorfose em salamandras seria um atavismo. Na verdade, a metamorfose parece ter aparecido e desaparecido nesse grupo ao longo de 10 milhões de anos, com algumas espécies perdendo a habilidade apenas para que seus descendentes a recobrassem.
Resumos Relacionados
- Metamorfose
- Atavismo, 6ª Parte
- Inteligência Miniaturizada
- Atavismo, 5ª Parte
- A Metamorfose
|
|