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Atavismo, 5ª Parte
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)

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Mas, se genes silenciosos decaem num período de 6 a 10 milhões de anos, como características perdidas podem ser reativadas em lapsos de tempo mais longos? A resposta pode estar no útero. Embriões muito novos, de várias espécies, desenvolvem traços ancestrais. Embriões de cobra, por exemplo, apresentam membros posteriores, assim como embriões de golfinhos e de baleias. Embriões humanos têm um início de cauda. Mais tarde, durante o desenvolvimento, essas características somem graças a instruções genéticas que dizem "perca uma perna" ou "perca a cauda". Entretanto, se essas instruções não são seguidas, às vezes por causa de uma mutação, a característica ancestral pode não desaparecer. "Se isso acontecer, você pode obter o que é legitimamente chamado de atavismo", diz Wagner. Talvez tenha sido o que aconteceu com o golfinho japonês, e a hipótese pode explicar por que baleias e golfinhos adultos têm protuberâncias ossudas no lugar onde um dia estiveram os membros posteriores, por exemplo. Então, por que retemos estruturas ancestrais e começamos a desenvolvê-las se elas serão descartadas depois? Em alguns casos, traços primitivos continuam a ter um papel no desenvolvimento. Por exemplo, embriões vertebrados apresentam a notocórdia, ou corda dorsal, uma espinha cartilaginosa similar à dos primeiros vertebrados, que funciona como modelo para a coluna vertebral. "Ela possui uma função embrionária vital, mesmo não tendo papel na vida adulta", diz Brian Hall, biólogo da Universidade de Dalhousie (Canadá). Outras características embrionárias transitórias, como os membros posteriores de baleias, são mais difíceis de explicar. Talvez eles tenham um papel ainda não conhecido no desenvolvimento. Uma possibilidade, diz o biólogo desenvolvimentista Jonathan Slack, da Universidade de Bath (Reino Unido), é que eles estejam lá porque nunca houve pressão evolucionária para que fossem eliminados. "O osso da cauda está lá porque já estava lá, não porque existe uma função para ele", diz Slack. Surge, então, uma nova pergunta: por que os genes silenciosos que iniciaram o desenvolvimento de um membro ou de uma cauda precisam ser ajustados? Bem, pode ser que eles não sejam realmente silenciosos.



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