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Atavismo, 6ª Parte
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)

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Mesmo quando uma estrutura já não é mais necessária, os genes nela envolvidos podem ser conservados para a produção de outras partes do corpo. Como lembra Hall, não existe um gene para a perna ou para a cauda. Em vez disso, há genes que formam os padrões de suporte de várias estruturas. E muitos desses mesmos genes estão envolvidos na produção de outras partes do corpo. Em pássaros ou insetos, por exemplo, a composição genética das asas é uma variante daquela das pernas. Pêlos, dentes, penas e escamas são variantes de uma só composição - e é por isso que algumas disfunções fazem pêlo brotar na gengiva de pessoas. Resumindo, os genes necessários para a produção de uma característica há muito perdida não são sempre silenciosos, e podem sobreviver por bem mais do que o limite de 10 milhões de anos estimado por Raff. Portanto, é plausível que instruções genéticas antigas possam voltar de novo à vida. Há alguns exemplos. Os pássaros perderam seus dentes por volta de 70 milhões de anos atrás. Ainda assim, Edward Kollar, da Universidade de Connecticut (EUA), conseguiu um jeito de manipular células de galinha e fazê-las desenvolver-se como dentes rudimentares, implantando-as no tecido da mandíbula de ratos em 1980. Kollar realizou seu experimento para mostrar que, de alguma forma, ele havia despertado uma instrução genética adormecida. Mas os resultados foram controversos: críticos sugeriram que os"dentes de galinha" eram um produto artificial. Eles foram calados no ano passado, quando John Fallon, da Universidade de Wisconsin (EUA), descobriu uma mutação que inicia o desenvolvimento de dentes similares aos dos crocodilos em embriões de galinha. "Eu seria cuidadoso", afirma Fallon, que fala de "estruturas similares a dentes" em vez de dentes. "Mas eu chamaria de atavismo", diz. Mesmo que os genes dos dentes das galinhas tenham sobrevivido, isso não explica tudo. Ainda é surpreendente sua religação no lugar certo e na ordem certa para recriar uma característica perdida há tanto tempo. Fallon admite: "Eu não sei como isso é possível". Eis a próxima pergunta: se atavismos são regressões genuínas e aparecem em todo tipo de animal, como ficam os humanos? Separamo-nos dos chimpanzés há cerca de 6 milhões de anos e nos desenvolvemos rapidamente nesse período. Nossos dedos e palmas ficaram menores, e nossos dedões, maiores, mais fortes e flexíveis. Perdemos nossa pelagem e ganhamos mais glândulas sudoríparas. Tornamo-nos bípedes, desenvolvemos nossa linguagem e aprendemos habilidades cognitivas distintas.



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