Subjetivando
(Marcantonio)
Sente quem te toca. E a cada toque sinta sua ilusão. E sinta o medo de poder... Medo de perder. Medo de ser. Mas um sonho nas suas mãos. Fale pra escutar. E escute para calar. E em cada palavra. Um voto de amizade. Ou negação. Pense e pare. Mas nunca pare pra pensar. Nunca pare para rever. Ou simplesmente esperar. Desperte sempre em outro a vontade de ser ouvido. A certeza do compreendido. Ou se depare com a morte do individuo. Morte essa, sem causa. Sem sangue e sem faca, sem náusea. A morte da mente. A morte demente. Em seu estado puro e sem conservantes. Tão linda, calma e predominante. Faça as pessoas pensarem. E a cada pagina que virarem. O desgosto de não ter nada. Além de palavras. Que não significam frases. Que mostram fases. Que brilha nossas faces. Que podem até rimar de tão fáceis. E insultar, em medidas já imagináveis. Há! Que vontade de ser artesão. Pra ter o tal tesão. E esculpir, nem que for a faca. Todos os meus medos em uma lasca. E guardar pra eternidade. Há se for verdade. O que dizem da ilusão. E ser mais do que um simples mais. Apavorar meus diferentes, meus iguais. Procurar meus “ondes”. Esconder meus “que foram”. E olhar, viver e acreditar no meu “é”!
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