Angústia
(Graciliano Ramos)
Esta é a história de Luiz da Silva, funcionário público tímido e solitário, morador de uma casa velha cheia de ratos, em um bairro pobre e afastada, mesmo trabalhando o dia todo, João escreve textos sobre encomenda para um jornal em troca de uns poucos trocados. O protagonista sobre um abalo nervoso que o deixa de cama por trinta dias, já recuperado retoma as atividades que são de seu costume. Nesse processo através da memória tenta entender o passado, buscando compreender o que havia lhe acontecido. No trajeto de bonde da repartição a sua casa, fazia à análise da vida medíocre que levava preocupado com o aluguel atrasado, lembrando-se das pessoas que o cercavam e o quanto as detestava também se detestava sentia-se frustrado em sua vida medíocre, porém algumas causavam-lhe maior repulsa, era o caso de Julião Tavares, sujeito que insistia em puxar conversa, sempre fingindo superioridade, rico, gordo e eufórico, e de seu senhorio. Em suas lembranças de criança voltou a casa do avô latifundiário decadente, de nome Trajano, caduco e bêbado, a avó sinhá Germana, o pai, figura muito preguiçosa que vivia a ler deitado em uma rede, Camilo Pereira da Silva, infelizmente João herdará do pai o gosto pelas letras, seu pai morrerá quando João contava com seus catorze anos, deste episódio lembra o pai como um defunto grande, com o corpo envolvido por um lençol branco, na região da cabeça podia notar-se uma mancha de sangue, os pés haviam ficado descobertos era possível notar que eram grandes e sujos; ao relembrar este momento foi como que jogado de volta ao quarto da pensão sombria em que habitava. Essas lembranças familiares o atormentavam de tal modo que não conseguia mais escrever. Certo dia fez amizade com uma vizinha de nome Marina, moça bonita de olhos azuis e cabelos louros, apaixonou-se, logo pediu-a em casamento e com a intenção de apressar os preparativos deu-lhe todas as economias que tinha para que ela comprasse o enxoval, neste momento entra em cena Julião Tavares, que conquistou Marina facilmente por ter dinheiro e posição social, a moça deixou-se seduzir sem resistência ignorando Luiz completamente, ele humilhado e enganado, mergulhou em seu interior no abismo da derrota, tendendo a impulsos de morte. Certo dia Ivo, um mendigo que procurava-o para um prato de comida e uma cachaça eventualmente esqueceu-se de um rolo de corda sobre a mesa, este fato despertou em Luiz um horror sem controle, o que o motivou a esconde-la em seu bolso, o barulho dos vizinhos laterais e dos ratos o incomodava; Luiz não notou mais a presença de Julião na casa de Marina, com certeza já havia conseguido o que queria e estava em busca de novidades, a moça não saia de casa e andava muito abatida, conturbado por seus fantasmas João passou a seguir Julião, certo dia sentou-se na mesa de um café e ficou a se imaginar estrangulando Julião com a corda do mendigo Ivo que trazia no bolso; em outro dia foi atrás de Marina carregado de culpa e auto-negação sentindo-se imensamente frágil, a moça entrava na casa de uma parteira, ficou ele a esperar bebendo cachaça em um bar a frente, na saída a moça tinha a aparência de um cadáver, os olhos eram fundos e esta muito pálida, segui-a quando a alcançou começou a agredir Marina moralmente cobrando atitude, fazia aquilo por piedade, pois tinha pena da moça; depois de investigação Luiz descobriu o local onde Julião mantinha uma nova aventura, em uma noite protegido pela neblina esperou na porta da casa
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