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Homem "Beta"
(Wallygator)

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Nós, homens, desde cedo somos encaminhados a sermos durões, a sermos os poderosos, a assumirmos os riscos, e daí que somos mais atirados, estamos mais expostos ao mundo nesta competição implícita. Brigamos pela sobrevivência, buscamos os meios necessários para nos prover e prover a fêmea e, consequentemente, as crias. O patriarcalismo se faz presente, firme e forte, daí veio a crise planetária, veio a crise econômica-social do capitalismo que tenta sobreviver inventando novos modos de conduta, e os trabalhadores foram à luta, especialmente no Brasil, onde as mulheres ganharam o mercado, na maioria das vezes a ajudar os maridos no orçamento. Veio o inevitável. As mulheres ganharam terrenos antes destinados ao homens e muitas delas hj se dão ao luxo de serem independentes, ou terem algum meio que as faça inseridas no mercado, se assim o quiserem. Os homens teriam que se adaptar na marra? Sim, se ele quisesse ficar com aquela mulher que escolheu para perpetuar a espécie. Os homens "alfa", os provedores, os poderosos, os líderes, se viram compelidos a se adaptarem aos novos tempos, pois a mídia está aí, enchendo a cabecinha das mulheres das novidades do mundo moderno, das possibilidades em termos de relacionamentos, e o Ricardão pode estar à espreita, numa esquina próxima, a esperar que o mandão, o sabe-tudo, o garanhão dobre esta mesma esquina para que um novo homem "alfa" travestido de romântico entre em ação. É a Seleção Natural? É a evolução? É o fim do mundo? Não sei, mas apareceu um tipo inovador que sofreu na pele traumas e agruras que o fizeram um merecedor da alcunha de "perdedor", não ganhou o embate travado na vida entre os que possuem e os que brigam para possuir, mas escapou de ser possuído. Ele enfrenta o mundo do seu jeito diferente de ser, se mostra romântico, mostra-se um fraco, um chorão, mas sem perder a sua característica maior e instintiva de gostar de mulher. E surgiu este novo homem. No meu caso eu era um protótipo do homem "alfa", estava rumando para isso desde a adolescência, seja em esportes afeitos ao mundo masculino, seja em atitudes - mesmo tímidas - em relação ao sexo oposto. E consegui ultrapassar a barreira que faz de um menino um homem, mas eu ainda era um frangote e agia de acordo com o proceder de um jovem homem "alfa", ou seja, possuir o maior númeor de mulheres possíveis, número este que não foi tão grande devido ao meu temperamento tímido, mas que sabia do potencial, tinha conhecimento do potencial e procurava utilizá-lo da melhor maneira possível. Mas o feitiço virou-se contra o feiticeiro, e numa destas minhas atitudes como "alfa" tomei chifre, e num primeiro momento depois deste trauma de ter conhecimento de 1/3 do dito "trauma", ainda não tinha me transformado completamente num homem "beta", aquele subjugado, o submisso, o fraco do bando, o que tem medo, mas anos depois, 17 anos depois o golpe final: conheci os 2/3 que faltavam e isso me fez encarar a realidade: eu sou um homem "quase beta", não totalmente beta porque não vejo com bons olhos a idéia de um dia ser sustentado inteiramente por uma mulher, mas o suficiente para me ver um ser sensível, que sofre com os humores da esposinha, que sente tremores só de imaginar um dia ela pulando o muro e que, por gostar de ler há tempos, agora deu a ter arroubos de querer fazer poesias, de tentar achar uma explicação para a rebeldia da filha mais velha... Quer dizer, estou como "beta" porque como "alfa" eu fui um fiasco. Mas a grande questão é saber se esta posição me trará tranquilidade ou serei um eterno saco de pancadas do mundo?Agora, acho que não podemos confundir com "metrossexual" pois este, se não me engano, é um "alfa" estilizado, aprimorado, que tem uma alta auto-estima, se acha o poderoso e usa de artifícios para impressionar o sexo oposto, afinal, a luta do homem, toda a parafernália que o homem conduz e aprimora é no intuito de ter uma mulher ao lado. Ou não? Todo homem tem três caminhos enquanto trilhar a "ideologia alfa": ser poderoso e ganhar a luta por ser líder; ou nesta luta sucumbir seja no embate direto pela guerra de posições, seja na total repugnância pela luta e adotar a posição contrária, ou seja ser mulher literalmente, ou tentar assumir este papel; e tem a terceira trilha que são homens que não vêm e não têm predileção nenhuma por adotar uma feminina de fato, pois gostam mesmo de mulher, mas levaram "pancadas" demais, principalmente no quesito chifre. Ele foi desarmado, foi desmantelado, se viu inferior aos semelhantes que conseguiram "se dar bem" na sua frente, debaixo do seu nariz, e cantaram vitória, mesmo de longe, mas que dava para escutar as risadas dos vitoriosos, que mostraram ser vigorosos e mais ágeis no encaminhamento da matéria, e o chifre surgiu, e o complexo de inferioridade aflorou, e ele se viu como "beta".



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