A solução
(Eduardo P Almeida)
A SOLUÇÃO Estamos vivendo uma época em que os valores humanos estão de pernas para o ar. O cinismo, a desfaçatez e a desonestidade são valores considerados como normais e inerentes aos homens no trato de seus negócios e aos políticos. - Lembro-me que quando muito jovem, aos onze anos de idade, comecei a conhecer um pouco da história mundial: antiga e a contemporânea. Li sobre a Roma antiga e interessei-me especificamente pelos Tribunos Romanos, Tibério Graco e seu irmão Caio que propuseram uma reforma agrária. Enfrentaram forte oposição do Senado e terminaram assassinados. Na minha doce inocência dos onze anos achei magnânimo aquele ato, pois na minha cabeça aqueles políticos estavam pensando na comunidade, no bem-estar do próximo. Achava que eles tinham uma vida de sacrifícios e foram eleitos por serem homens especiais, dedicados á causa dos seus semelhantes. Achava que o homem público era probo, ético, e de moral ilibada. Quando aos treze anos comecei a entender um pouco mais como agiam os políticos e quais os seus verdadeiros interesses, fiquei decepcionado. A ponto de não querer ouvir falar de política ou de políticos, pois não queria saber de lama e nem de lodo. Atualmente abrimos os jornais, ligamos a televisão ou rádio e nos deparamos com noticias que já viraram rotinas sobre o comportamento imoral ou antiético dos nossos representantes públicos. São flagrados, através de quebra de sigilo telefônico ou bancários, propondo ou cometendo atos ilícitos; alguns são até presos, pois as evidências são ululantes. Porém após essa pequena encenação teatral são soltos pela justiça dias depois. E eles quando questionados negam os fatos tão evidentes e o processo vai rolando. Vemos presidente do senado cometendo falta de decoro; presidente da Comissão de Ética sendo processado por desvio de dinheiro. Aonde vamos parar! E o que é pior, o nosso Presidente nada sabe, nada vê. Vai levando! A solução para essa falta de vergonha generalizada é simples e todos sabem qual é. Primeiro passo -- Vergonha e moralidade mesclada com prisão desses corruptos de carteirinha, e proibi-los, após cumprir integralmente as suas penas, de assumir qualquer cargo público. Segundo Passo: -- Investir maciçamente na educação do povo, pois sem educação não se tem liberdade de consciência, financeira e moral. Solução há! O difícil é empreendê-la. O difícil é encontrar homens honestos que queiram colocá-la em prática sem demagogia.
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